A
partir deste primeiro domingo do mês de agosto, mês vocacional, passar a
lembrar e refletir sobre os homens e mulheres consagrados e separados para uma missão
especial no mundo.
O Salmo
67 que foi lido hoje, diz que tudo o que ouvimos e aprendemos dos nossos pais
não haveremos de ocultar a nossos filhos, a grandeza do Senhor e seu poder.
É muito
significativo que neste primeiro domingo do mês em que celebramos o dia do
sacerdote, a primeira leitura e o evangelho apresentem o sacramento da
Eucaristia.
Dos
sete sacramentos instituídos por Jesus, a Eucaristia é definida pela Igreja
como sua vida, a vida da Igreja, e os santos padres viam-no como o sol, e
todos os outros sacramentos ao redor dele, todos girando ao seu redor. E isso
porque na Eucaristia temos o próprio Jesus, sob a aparência do pão e do vinho.
Quem de
nós já não viveu uma experiência com este sacramento? Nestes domingos atrás eu
vinha falando como impressiona este mistério, até o demônio dobra-se diante
dele, às vezes, o homem não o faz, mas o próprio inferno dobra-se
pois o reconhece. São Pio diz que é mais fácil o mundo viver sem o sol que os
homens viverem sem a Eucaristia.
Ele é o
ápice de toda a vida cristã, a Eucaristia é a vida da Igreja. E este
sacramento chamado pela tradição da igreja de augusto, santíssimo, digníssimo
sacramento, vem a nós pelas mãos de um sacerdote. Todas as missas quando em
memória do Senhor, o padre impõe as mãos e pede que o Espírito Santo
transforme-o em Eucaristia, ali se dá o maior mistério de nossa fé, sem Eucaristia não há vida para os homens. E sem padre não há Eucaristia.
Deus na
história de seu povo foi preparando os homens para a Eucaristia. Vemos lá no
início do antigo testamento, o cuidado que Deus exige de Moisés e dos levistas
a cerca do culto. O próprio Deus indica o tamanho do altar, o material a ser
usado, o que houvesse de mais precioso deveria ser utilizado para o
propiciatório, a arca, as bandejas. Explica até como seria o próprio pão a seu
utilizado. O Sacerdote Melquisedec usa pão e vinho, ao contrário dos demais
sacerdotes da época que usam cordeiros, animais, e pagãos que chegavam a usar
sacrifícios humanos.
Vem
ainda o maná, que serve de simbologia, que Jesus viria a explicar que era um
pão que aquelas pessoas comeram e morreram, mas este novo pão, quem o comesse
não morreria.
Podemos
neste fim de semana reler o capitulo 6 de São João para ver muito do que
Jesus fala sobre a Eucaristia. Os levitas na história do povo de Deus não
herdariam terra na divisão das tribos de Israel, não herdariam nada disso.
Deviam dedicar se ao culto de Deus e alimentar se do que as pessoas traziam.
Mas e qual seria a herança deles , e Deus diria “Eu sou sua herança”. Eles não
receberiam terras. E no Evangelho Pedro diria “e nós o que receberemos em
troca” , nós que deixamos tudo por Ti, e Jesus fala da vida eterna, e diz ainda
que teriam tronos para julgar as nações. No apocalipse aparece aquela multidão
de homens que ofertariam o dom de sua sexualidade, dom que Deus lhe deu, para
se entregar todo a Deus, para pertencerem mais ao Senhor.
Esta é
uma grande dignidade dos sacerdotes, ser todo de Deus, ser inteiramente do
Senhor, o povo de Deus aprendeu isto, vejam os levitas, vejam os
sacerdotes, e o povo celebrava a libertação dentro de uma liturgia, o cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo. E o sacerdote é o cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo, e nós temos que dizer isto aos nossos filhos , a grandeza de
Deus, a grandeza dos que pertencem ao Senhor.
Mas é
claro que dentre os tantos sacerdotes que existem hoje, assim como no Evangelho
dentre os doze dois falharam, um negou, outro traiu, fora terem fugido,
em nossos atuais 700 mil homens existam os que não vivam o que são
chamado a viver, que fazem grande mal ao ministério, ao ponto que a própria
igreja diz que trouxeram e trazem prejuízo para a missão da Igreja. E
infelizmente são estes que são lembrados, não vemos na televisão os demais, os
tantos outros que são fiéis. Nem vemos os que foram na história aos
países evangelizar povos bárbaros. Nós precisamos assim como diz a
palavra, falar da beleza do sacerdócio, e muitas vezes não ensinamos isso aos
nossos filhos.
Dizemos
aos nossos filhos, que estudem nos melhores colégios, que ganhem muito
dinheiro, mas e o que falamos sobre o sacerdote? falamos a eles o que Jesus
prometeu aos que deixarem tudo? O que é o sacerdote? um homem tirado dentre os
demais homens, como diz a carta aos hebreus, ninguém ouse se aproximar deste
ministério a não ser que sejam por Deus escolhidos e chamados. A escolha é
feita por Deus, na palavra vemos a imagem das varas sendo dispostas como
sinal, e a única vara que floriu foi a de Abraão, pois ele era ali o escolhido;
relendo este texto , o autor dos Hebreus diz que é preciso ter a eleição,
precisa ser escolhido por Deus. Aos Corinthios, São Paulo diz que sobre o
celibato, diz que aquele que quer servir exclusivamente ao senhor receba este
dom de Deus, é preciso ser chamado e receber este dom, e como nos dias de hoje
é perseguido o celibato... O sacerdote não é uma pedra fria, ele a oferta.
Ele sendo uma pessoa normal, chamada por Deus, e recebendo esta graça, e
alimentando pela sua oração esta graça seja fiel ao seu chamado.
É ele,
o sacerdote, quem toma uma criança nos braços, simples criatura e pelo batismo
o torna filho de Deus.
É ele quem tira o fardo do coração do homem, libertando os cativos, ao perdoar em nome de Deus. Nós sabemos como entramos e saímos de uma boa confissão. E é o sacerdote quem nos dá Jesus, quem na Eucaristia nos dá o tão sublime dom.
É o sacerdote que nos leva a alegria do matrimônio, é ele quem abençoa, quem testemunha validamente, não sendo quem ministra o sacramento é ele quem está ali presente em nome da Igreja.
O bispo delega os sacerdotes para evocar sobre nós o Espírito Santo, confirmando-nos com o Crisma.
É ele quem tira o fardo do coração do homem, libertando os cativos, ao perdoar em nome de Deus. Nós sabemos como entramos e saímos de uma boa confissão. E é o sacerdote quem nos dá Jesus, quem na Eucaristia nos dá o tão sublime dom.
É o sacerdote que nos leva a alegria do matrimônio, é ele quem abençoa, quem testemunha validamente, não sendo quem ministra o sacramento é ele quem está ali presente em nome da Igreja.
O bispo delega os sacerdotes para evocar sobre nós o Espírito Santo, confirmando-nos com o Crisma.
E é o
sacerdote quem está nos últimos momentos de nossa vida curando-nos com o dom da
unção dos enfermos. E que experiência de estar presente às pessoas que
estão na agonia da morte, dizer “parte para Deus”, abrindo as portas do céu
pelo perdão dos pecados.
Seja no
sacramento da confissão seja no hospital, quando nas vezes depois da oração, a
pessoa vem a falecer, para onde iria esta alma se o sacerdote não tivesse
chegado a tempo. Uma coisa tão esquecida nos nossos dias por que o mundo que
está aí não fala de morte digna. “Vai alma cristã, retorna ao Pai”.
Tudo
isto faz o sacerdote, muitas vezes no escondimento no sacrifício de coisas boas
e lícitas. Um homem tirado do meio dos homens para servir aos homens.
Não
admita jamais falar mal do sacerdote, por mais que este tráia, por mais que
erre, Davi diz ao soldado quando pode tirar a vida de Saul, “não tocarei
no ungido do Senhor”. Pois que pelas suas palavras não toque, nos sacerdote,
use suas palavras para rezar por eles.
Quando
indicar a seu filho a profissão, indique a possibilidade do sacerdócio. Jovem,
se Deus chama, você não tenha medo, ser padre é muito bom, eu não me arrependo
em nada de ser sacerdote.
E mesmo
depois da morte, mesmo que não seja mais necessário o meu serviço sacerdotal,
lá eu serei sacerdote, o caráter da ordem é indelével, no céu eu terei o que
Deus prometeu aos seus. E aqui exerço neste mundo que o que Deus chama de ser
sua presença.
PE. ANTÔNIO FURTADO
Nenhum comentário:
Postar um comentário