sexta-feira, 24 de julho de 2015

SANTO DO DIA


São Cornélio

02.02São Cornélio foi um dos primeiros bispos da nossa Igreja e um dos principais responsáveis pela evangelização de estrangeiros.
São CornélioEncontramos, nos Atos dos Apóstolos, este exemplo de entrega. No capítulo 10, nós assim ouvimos da Palavra de Deus: “Havia em Cesareia um homem por nome Cornélio. Centurião da corte que se chamava Itálica, era religioso; ele e todos de sua casa eram tementes a Deus. Dava muitas esmolas ao povo e orava constantemente” (At 10,1-2).
Diante dessa espiritualidade que Cornélio possuía, Deus o visitou por meio de um anjo, que lhe indicou São Pedro. Este, que também teve uma visão, foi à casa de Cornélio. Foi aí que aconteceu a abertura da Igreja para a evangelização dos pagãos, dos estrangeiros. No outro dia, Pedro chegou em Cesareia. Cornélio o estava esperando, tendo convidado seus parentes e amigos mais íntimos. Não somente ele queria encontrar-se com o Senhor, como também queria o mesmo para todos os seus parentes e amigos.
Cornélio ouviu da boca do primeiro Papa da Igreja: “Deus me mostrou que nenhum homem deve ser considerado profano ou impuro” (At 10,28). Assim, São Pedro começou a evangelizar e, de repente, no versículo 44: “Estando Pedro, ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a (santa) Palavra. Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos; pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus. Então Pedro tomou a palavra: ‘Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós? E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Rogaram-lhe então que ficasse com eles por alguns dias” (At 10,44-48).
São Cornélio tornou-se o primeiro bispo em Cesareia. Homem religioso e de oração, Deus pôde contar com ele para a maravilhosa obra que chega até nós nos dias de hoje. Pela docilidade de muitos, como São Cornélio, o Santo Evangelho se faz presente em nosso meio. Peçamos a intercessão de São Cornélio para que busquemos cada vez mais o Senhor.
São Cornélio, rogai por nós!

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IMG_4394Você já pensou em sua morte no Shalom? Perguntou-nos, certo dia, o Moysés, como se diz: “na bucha”. Levando-se em conta que éramos todos bastante jovens, que o tema da morte não povoava nossos pensamentos e que, pelo contrário, tínhamos uma crédula certeza de que nenhum de nós morreria, nenhum teria problemas sérios, nenhum enfrentaria desafios intransponíveis ou sequer ficaria doente, a pergunta teve impacto particularmente forte sobre nós. Tanto que até hoje não esqueço aquele dia, aquela pergunta, aquela sabedoria.
Depois do primeiro choque, suspirei aliviada, feliz, orgulhosa de mim mesma: sim, já havia pensado em minha morte no Shalom. Havia imaginado uma cama com lençóis muito brancos, a luz tênue a entrar pela janela e eu lá, deitada, doente, mas feliz, cercada de irmãos que rezavam e me assistiam passar da terra ao céu. Se corresponderá à realidade ou não, só Deus poderá dizer. O que me interessava no momento era estar adequada, era saber que estava no caminho certo: sim, a santa aqui, a maravilhosa, a impecável aqui já tinha pensado na sua morte no Shalom. Ufa! Havia escapado por pouco!
Enquanto eu me orgulhava de ser tão santa, o Moysés passou rapidamente ao assunto da palestra. Não era a morte, mas a vida. O assunto era o grau de comprometimento e entrega à vocação, o grau de convicção sobre o Carisma. Rapidamente, as perguntas que se seguiram fizeram desvanecer minha romântica visão de santa-em-leito-de-morte: havíamos, realmente, entendido o que Santa Teresa queria dizer com “para sempre, para sempre, para sempre…”? Ou achávamos que a vocação é algo que posso abraçar hoje e descartar amanhã?
Nossos olhos não desgrudavam do fundador tão jovem e magrelo que Deus havia enchido de sabedoria para fazer despertar em nós o Carisma e nos ensinar a viver a Vocação: saberíamos o que significa consagrar-se? Dar-se todo a Deus? Entregar-se inteiramente? Entregar-se intensamente agora e para sempre, para sempre? Saberíamos o que significa ser todo de Deus, sem dividir nada consigo mesmo, com o mundo, com os outros? Saberíamos o que significava ser inteiramente de Deus e não compactuar com o mundo? Teríamos consciência do que significa seguir Jesus, após ter deixado tudo?
Ou achávamos que podíamos nos consagrar por um ano e no ano seguinte mudar de ideia? Estávamos convictos de que, embora nos consagrássemos pelo período de um ano, isso era uma mera formalidade, já que nossa entrega e consagração eram para sempre?
Morrer no Shalom, significava viver Shalom, não viver no Shalom. Pensar na própria morte no Shalom era sinal certo de que acolhíamos os novos irmãos como irmãos-para-sempre, a nova pobreza como pobreza-para-sempre, a nova obediência como obediência-para-sempre, a nova castidade como castidade-para-sempre, sem meias medidas, mas na intensidade e integralidade de nosso ser.
Em suas pregações – e ações – o Moysés sempre foi muito intenso. Não admitia meios termos nem conosco, nem consigo mesmo, nem com a Obra. Era tudo ou nada. O morno nem sequer era vomitado, porque nem era cogitado. A Mensagem à Igreja de Laodicéia (Ap 3, 14ss) era frequentemente citada por nós, que a sabíamos de cor, com capitulo, versículo e tudo o mais. Os mornos eram identificados com os covardes e, como está bem claro no escrito Obra Nova, estes não estão prontos para a Obra que Deus quer realizar. É melhor voltarem para casa.
Sua pergunta sobre se já havíamos pensado em morrer no Shalom, nós, cinco ou seis gatos pingados, parecia desproporcional ao nosso número e nossas forças. Porém, em se tratando de tempo de fundação, trata-se sempre de profecia. Estávamos começando e não enxergávamos um palmo adiante do nariz, perseguidos e incompreendidos de todos os lados. Algo no fundador, porém, via um futuro tão distante e com anos tão mais numerosos que os de uma pessoa humana que todos nós, entre 18 e 33 anos, morreríamos no Shalom e seríamos ultrapassados, em muito, por ele.
Na época, não sabíamos o que significava um Carisma, jamais tínhamos ouvido a história da vida consagrada, nem a expressão Seqüela Christi. Não tínhamos como entender a perenidade de um Carisma. Tínhamos, porém, pela ação da graça, como intuir tudo isso e, neste dia inesquecível, compreendemos intuitivamente que Deus tinha algo maior, muito maior para nós.
Os Escritos, se já redigidos, não estavam impressos, as Regras, pelo quem lembro não existiam. Os conceitos eram muito poucos, as intuições, porém, eram numerosas. Olhos arregalados, intuíamos, sem conceitos: Deus fará uma coisa muito maior e mais duradoura do que imaginamos. Vamos morrer no Shalom.
A partir deste dia, nunca mais renovei minha consagração sem pensar nisso. Minha ideia de morte está bem menos romântica – e bem mais perto de realizar-se. Meus conceitos sobre Carisma, Consagração, Vocação, Espírito do Fundador, bem mais claros – ou melhor, pelo menos existentes. Meus conhecimentos sobre a história da Igreja e da Vida Consagrada cresceram um pouco – especialmente se considerar que não sabia nada. Posso até saber mais, até pensar coisas mais “adequadas” para uma formadora geral. No entanto, tudo isso e muito, muito mais, continua cabendo em uma frase, que se repete a cada renovação: Você já pensou em sua morte no Shalom?
Você re-escolhe ser Shalom? Re-escolhe viver Shalom? Re-escolhe morrer Shalom? Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-o e respeitando-o todos os dias de sua vida? Você sabe que nem a morte separará vocês, porque um carisma é imortal? Você sabe que será plenamente Shalom no céu, para sempre, para sempre, para sempre?
Você re-escolhe os irmãos e irmãs, sejam quem forem, sejam como forem? Você re-escolhe, com toda intensidade para sempre, para sempre, para sempre, a obedência-intensa-para-sempre? A pobreza-intensa-para-sempre? A castidade-intensa-para-sempre?A contemplação-intensa-para-sempre? A unidade-a-todo-preço-intensa-radical-e-para-sempre? A evangelização-formação-experiência-com-Jesus-Cristo-continua-intensa-para-sempre?
Vinte e um anos depois, vinte e uma vezes um “sim” a tudo isso e a muito mais, às portas de nossos compromissos perpétuos, podemos continuar a medir, por esta pergunta, nosso amor comprometido para sempre, nosso desejo de ser fiel.
A Obra já nos ultrapassou há muito tempo. Muitos entraram “por um tempo”, mas nunca saíram do mistério da fraternidade. Outros, já vivem o Shalom no céu. O Carisma torna-se mais belo quanto mais contemplado. A Vocação reconhecida, respeitada, mas – exatamente por isso – mais desafiadora do que antes. No entanto, às vésperas de nos entregarmos para sempre, como filhos e servos da Igreja, continua a ecoar, como prumo de uma balança, como pedra de toque, a pergunta que tudo diz:
Você já pensou em sua morte no Shalom?

Maria Emmir Oquendo Nogueira

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Blog Carmadélio

Artigos e notícias de interesse permanente selecionadas à luz da verdade e da fé Católica.


* Halleluya 2015 começa nesta quarta. Confira mapa de espaços do Festival.

halleluya
O Festival Halleluya 2015, que será realizado no Condomínio Espiritual Uirapuru, começa na próxima quarta-feira, 22, e segue até o
domingo, 26. A expectativa da organização é alcançar cerca de um milhão de participantes nos cinco dias de evento. Serão oito espaços
temáticos. ( Veja mapas abaixo)

Neste ano, uma das novidades é a gravação do primeiro DVD do Missionário Shalom. Quem desejar, ainda pode adquirir o frontstage
para conferir de perto a gravação. A entrada do evento é gratuita e, a cada dia, a programação terá início às 18h.
Além disso, teremos na programação artística o padre Fábio de Melo, o rock de Rosa de Saron, o forró de Naldo José, além de artistas
como Adriana, Adoração e Vida e Tony Alisson. A cantora carioca Aline Brasil e o grupo Lírios do Vale estarão no palco do Halleluya
pela primeira vez. Contaremos ainda com Davidson Silva, Alto Louvor, Ana Gabriela e Suely Façanha como artistas da Comunidade Shalom.

Durante a programação de sábado, além da gravação do DVD, teremos uma programação especial para celebrar a contagem
regressiva de um ano para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia, na Polônia.

Segurança e mobilidade

Para a segurança do evento, a Secretaria de Segurança e Defesa Social (SSPDS-CE) anunciou um esquema que envolve as Polícias
Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros. Serão 45 homens da PM por turno, além de 3 viaturas, 6 motos e 3 cavalos. Quinta, sexta e sábado, dias de maior movimento, haverá dois turnos de serviço simultaneamente em horários de pico. Entre 22h e 0h, serão 90homens. Serão 17 homens do Corpo de Bombeiros por turno durante todo o evento. A Polícia Civil contará com ações pontuais de polícia judiciária.

Em relação aos transportes, a Etufor disponibilizará 120 ônibus extras para o Halleluya. Regularmente, há 14 linhas que operam em direção ao CEU. Em dias úteis, são 127 veículos, 78 no sábado e 59 no domingo. São duas linhas de corujões e sete linhas de corujões que integram no terminal da Parangaba.

A Autarquia Municial de Transito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) terá 80 agentes por dia para atuar no ordenamento do
comércio ambulante e disciplinamento do tráfego. O trabalho começa às 15h e segue até a total dispersão do público.

Solidariedade

A expectativa para este ano é alcançar 800 bolsas de sangue durante o Festival. No ano passado, foram coletadas 619 bolsas de sangue e realizados 318 cadastros de medula óssea. O posto de coleta se localiza na entrada do evento pela avenida Silas Munguba.No ano passado, foram recolhidos mais de 2,4 mil quilos de alimentos destinados às seis casas de Promoção Humana da Comunidade na Arquidiocese de Fortaleza e para as cidades que sofrem com a seca m parceria com a Defesa Civil.
Outras informações: (85) 3295.4583
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Artigos e notícias de interesse permanente selecionadas à luz da verdade e da fé Católica.

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* Entrevista: Padre João Chagas, do Pontifício Conselho para os Leigos, incentiva jovens de Movimentos e Novas Comunidades.

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Os jovens membros de Movimentos e Novas Comunidades são o presente, o futuro e a primavera da Igreja, constatou o responsável do Setor Jovem do Pontifício Conselho para os Leigos, Padre João Chagas. O sacerdote participou, na quarta-feira, 15, do II Encontro Nacional de Jovens Líderes dos Movimentos e Novas Comunidades (ENJMC), que acontece em Belém (PA), quando falou sobre o tema “Desafios da juventude no mundo contemporâneo”.
O sacerdote, que trabalha na organização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ’s), apresentou um panorama sobre este evento e falou também dos desafios encontrados pelos jovens, os quais a Igreja passou a observar, tais como sexualidade, projetos de vida, violência, medo. Por fim, assinalou que os Movimentos e as Novas comunidades possuem a tarefa primordial de “encontrar unidade na diversidade, criando agendas em comum”.
Em entrevista a ACI Digital, Pe. João Chagas sublinhou o importante papel que esses jovens pertencentes aos Movimentos e às Novas Comunidades desempenham na Igreja como testemunho de vida e protagonistas.
ACI Digital – Qual a importância dos jovens nos Movimentos e Novas Comunidades?
Pe. João Chagas – O Papa João Paulo II, logo no primeiro dia de seu pontificado, dizia que os jovens são a esperança da Igreja. Ele dizia: “Vocês, jovens, são a minha esperança”. O Papa Francisco, por sua vez, na viagem que fez para a Ásia encontrando os jovens da Coreia, disse que os jovens não são somente o futuro, eles são o presente da Igreja. Ouvi neste encontro que participamos também que um recente documento da CNBB retoma essa ideia dizendo que os jovens são o presente e o futuro da Igreja. Então, uma Igreja que não investe nos jovens, que não faz essa opção preferencial pelos jovens, é uma Igreja sem presente e sem futuro.
Isso vale também para os jovens das Novas Comunidades e dos Movimentos. João Paulo II gostava de dizer, e isso vem sendo retomado, que os Movimentos e Novas Comunidades são a expressão de uma nova primavera da Igreja. Então, se a gente juntar as duas coisas – que os jovens são o presente e o futuro e que os Movimentos e Novas Comunidades são a nova primavera –, uma Igreja que não contasse com os jovens dos Movimentos e Novas Comunidades seria uma Igreja sem presente, sem futuro e sem primavera. Ou seja, não teria aquela beleza como dizia Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares. Ela usava muito a imagem da Igreja como um belo jardim com diversos perfumes, com cores diferentes. Na primavera existe essa explosão de vida. E, é interessante que na primavera, muitos como eu sofrem de alergia com o pólen etc. Então, a explosão tão grande de vida, à s vezes, também provoca alergia em muitos. Os Movimentos e Novas Comunidades nem sempre foram acolhidos com tanta facilidade. Mas, é uma novidade que traz uma grande riqueza. Já falei do Papa João Paulo II e do Papa Francisco. Agora, o Papa Bento XVI, falando uma vez para os Bispos da Suíça, se não me engano, ou da Alemanha, convidava a acolher os Movimentos e Novas Comunidades com muito amor.
ACI Digital – Neste Ano da Vida Consagrada, o que dizer sobre os jovens consagrados em Novas Comunidades?
Pe. João Chagas – Se são comunidades que se reconhecem como associações de fiéis, essa normalmente é uma consagração de natureza laical, mais privada, não se configura necessariamente com a vida religiosa, embora em muitos aspectos entre naquilo que se considera na Igreja a vida consagrada. A maioria daqueles que fazem uma consagração nas Novas Comunidades e em alguns Movimentos que comportam algum tipo de consagração, em grande parte são votos privados. Isso não tira o valor, porém, não configura como a vida religiosa em si. Mas, é uma consagração que, muitas vezes, mesmo no silêncio, com votos de natureza canônica privada, essas pessoas se consagram a Deus em pobreza, obediência, castidade. É uma riqueza muito grande. No artigo 62, da Exortação Apostólica pós-sinodal sobre a vi da consagrada, ainda na época de João Paulo II, ele falava de como essas novas formas de vida evangélica trazem uma novidade para a Igreja e, muitas vezes, participam de suas vidas também aprofundando a própria consagração batismal. Dessa forma, muitas famílias nas Novas Comunidades se dedicam de maneira mais forte à missão. Então, de certo modo, essas famílias, esses leigos partilham de uma maneira tão próxima desse carisma da vida consagrada na Igreja. E isso talvez nos faça perceber que, apesar de sermos expressões diferentes – existe um carisma da vida consagrada, um carisma próprio da vida laical, do sacerdócio –, mas são sempre expressões que se complementam e têm tantos aspectos em comum. Eu citei o sacerdócio ministerial, mas existe um sacerdócio comum. Então, há uma riqueza da comple mentaridade, não só da distinção! .
ACI Digital – Na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro, as Novas Comunidades tiveram grande participação. Como está sendo a participação das Novas Comunidades na preparação da JMJ 2016, na Cracóvia?
Pe. João Chagas – Na origem das Jornadas, os Movimentos tiveram um protagonismo muito grande – pessoas do Comunhão e Libertação, do Caminho Neocatecumenal, da Ação Católica, do Focolares, de outros Movimentos e Comunidades. Eles tiveram um protagonismo muito grande no início das Jornadas Mundiais da Juventude e sempre tiveram. Há Movimentos e expressões da Igreja que levem tanta gente como um país inteiro. Isso mostra a grande participação que eles têm. Eu mesmo que trabalho na organização da Jornada provenho de uma Nova Comunidade, que é a Comunidade Shalom. Junto comigo trabalha uma pessoa que veio dos Escoteiros, um movimento que na Europa é muito ligado à Igreja. Outra pessoa é da Instituição Teresiana, de consagração laical, mas muito ligada à Santa Teresa D’Ávila. Temos pessoas ligadas ao nosso trabalho que vieram, por exemplo, da Ação Católica. E, no mundo inteiro, tantas Comunidades e Movimentos com os quais vamos tendo contato e que estão voltados para a preparação da Jornada de Cracóvia. Muitos têm visitado, alguns têm disponibilizado jovens como voluntários a longo prazo e até ajudado na manutenção desses mesmos voluntários. Então, o apoio que as Comunidades e os Movimentos têm dado a esse campo é imprescindível. Eu diria: que possam atear fogo também na preparação da Jornada aqui no Brasil. A gente percebe que existe um grande empenho da Comissão Episcopal da CNBB, mas também é importante que esses novos carismas, que estiveram na origem da Jornada como protagonistas, sejam também protagonistas desse processo para que muitos jovens brasileiros estejam presentes na Jorn ada de Cracóvia.
Para acompanhar toda cobertura do ENJMC, acesse: http://www.jovensconectados.org.br/acompanhe-a-cobertura-do-enjmc.html
Fonte: ACI

Precisa-se de Padres: últimos números revelam crescimento da Igreja no mundo e urgente necessidade de clérigos.

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Uma nova investigação sobre tendências na Igreja no mundo demonstrou que a população católica mundial está crescendo tão rapidamente que o número de sacerdotes e paróquias simplesmente já não é o suficiente.
Esta realidade expõe um desafio: com um crescimento global no número de católicos, especialmente na África e Ásia, mas com um crescimento insuficiente no número de paróquias e sacerdotes, os católicos têm menos oportunidades de receberem os sacramentos e de participarem da vida paroquial.
“A Igreja ainda enfrenta um problema global do século XXI, relacionado ao compromisso permanente dos católicos com a paróquia e a vida sacramental”, assinala a investigação realizado pelo Centro de Investigação Aplicada no Apostolado (CARA, na sigla em inglês) da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.
A investigação intitulada Global Catholicism (Catolicismo global) recolheu estatísticas do Vaticano e outras pesquisas a partir de 1980, para indagar sobre os lugares nos quais a Igreja Católica cresceu ou diminuiu a nível paroquial e para divulgar os dados demográficos para a Igreja nas próximas décadas.
A investigação assinala que “este crescimento foi analisado a nível paroquial, pois em última instância a paróquia é o “tijolo e o cimento” da Igreja, a partir do qual os católicos recebem os sacramentos, relacionam-se com outros fiéis e levam uma vida de fé ativa.
A investigação destacou o crescimento no número de católicos, sacerdotes, religiosos, paróquias, recepção dos sacramentos, seminaristas e instituições católicas, como hospitais e escolas em cinco regiões: África, Ásia, Europa, Oceania e América.
A conclusão geral do relatório aponta a que a Igreja está em meio de um “dramático realinhamento”. Experimenta uma diminuição do número de católicos no centro histórico da Europa, depois passa por uma desaceleração na América e na Oceania, mas seu auge está concentrado na Ásia e na África.
Também é projetado um deslocamento católico longe dos centros tradicionais da Europa e da América para o “Sul Global”, majoritariamente aos países em vias de desenvolvimento, nos quais se incluem América Central e América do Sul, África subsaariana, Oriente Médio, Ásia do Sul, Oceania e grande parte do Extremo Oriente.
Em entrevista com o Grupo ACI, o Dr. Mark Gray, grande investigador associado ao CARA, explicou as implicações desta mudança.
Um problema destacado pela pesquisa é que a maioria das paróquias do mundo ainda está localizada na Europa e na América, lugares no qual a Igreja experimenta um declive ou estancamento populacional. O mundo em vias de desenvolvimento está somando mais católicos, mas não existem suficientes paróquias para servi-los.
“Existem paróquias lindas” na Europa, afirmou Gray. “Não podemos pegá-las e mudá-las de lugar de um lado do mundo a outro tão facilmente. Desse modo, em um lugar a Igreja vai ter que fechar paróquias e em outro vai ter que construir muitíssimas, além de ter que encontrar a maneira de organizar seu clero”.
Outra descoberta aponta que os católicos estão participando menos na Igreja à medida que ficam mais velhos, o que se observa claramente nas taxas de participação sacramental.
Em todas as regiões, o número de batismos infantis a cada mil católicos é maior que o número de primeiras comunhões, o qual supera o número de crismas e está acima do número de matrimônios celebrados dentro da Igreja.
Embora fosse inegável em regiões como a Europa, onde existe uma baixa geral de números de sacerdotes e religiosos, isto também acontece nas demais regiões, onde o número de membros da Igreja está em crescimento.
A América tem uma taxa de assistência à Missa e um número de matrimônios por cada mil católicos inferiores à Europa, apesar de a população católica no “continente da esperança” ser cada vez maior. Gray sublinhou que estes resultados ainda devem ser analisados.
Por outro lado, o número de sacerdotes, religiosos e religiosas diminuiu na América desde a década de 1980, apesar de o número de católicos e sacerdotes diocesanos ter aumentado nesta região.
Inclusive na África, continente que possui o mais alto crescimento da Igreja, existe uma forte queda na participação sacramental do batismo ao matrimônio. A taxa de matrimônio é, na realidade, muito pequena tanto na África como na América.
Isto pode explicar-se devido à rapidez do crescimento demográfico que supera rapidamente o crescimento das suas paróquias. Pois este continente é o líder mundial com mais de 13 mil católicos por paróquia.
“Na África, mais do que em qualquer outro lugar, a Igreja precisa estudar a possibilidade de que alguns renunciem ou atrasem a atividade sacramental devido à falta de acesso à uma paróquia próxima”, sustenta o relatório do CARA.
A Ásia, entretanto, lidera a participação sacramental e supera todas as outras regiões nas taxas de primeiras comunhões, crismas e matrimônios.
“Algo que acontece na Ásia é evidente. Pois a tendência deste continente é oposta as demais regiões”, assinalou Gray, que adicionou que os líderes católicos deveriam prestar atenção ao que está acontecendo ali.
Com exceção da China continental, região da qual o Vaticano não proporcionou dados, a população católica na Ásia aumentou em aproximadamente 63% desde 1980. Em geral, a assistência à Missa também diminuiu significativamente, embora alguns países asiáticos reportaram uma assistência à Celebração Eucarística mais alta do que nos outros.
O número de sacerdotes diocesanos aumentou em mais do que dobro na Ásia desde 1980 e o número tanto de sacerdotes, como de religiosos e religiosas, aumentou quase o dobro, durante este período.
Quais são as consequências de existirem poucos sacerdotes, religiosos e paróquias para responderem ao crescimento global dos católicos no mundo todo?
Em alguns lugares, o fenômeno de fechamentos e consolidações de comunidades paroquiais tiveram como consequência a existência de “grandes paróquias”. Sobretudo na Europa e na América do Norte, onde isto já acontece. Gray explicou que o resultado poderia ser uma crise da comunidade, nas quais muitos católicos experimentam o “anonimato” em meio a tantos paroquianos.
Estes católicos “anônimos” estariam menos entusiasmados na participação da vida paroquial: doariam e participariam menos nos sacramentos e trariam cada vez menos vezes os seus filhos à Igreja.
Particularmente, isto é mais difícil para a Europa e para a América do Norte, assinalou Gray, porque historicamente estas regiões eram bem atendidas com paróquias e sacerdotes e estão acostumados a terem comunidades locais menores ao invés de grandes paróquias missionárias.
Agora, as paróquias não seriam somente maiores, como também os sacerdotes serviriam a diversas paróquias, deixando os católicos com menos oportunidades para relacionar-se com seu pároco.
“Por muito tempo as pessoas esperavam ir à sua paróquia local quando quisessem, batiam na porta e lhes abria um sacerdote. Especialmente quando alguém estava muito doente”, recordou Gray. Agora isto parece ser difícil.
A Europa vai ter uma diminuição de cinco por cento no tamanho da sua população católica até 2050, prediz o relatório, mas é impressionante que o número de sacerdotes diocesanos e religiosos com votos tenha diminuído em cerca de 40% desde 1980, assim como diminuiu o número total de paróquias.
Por conseguinte, sacerdotes de outros continentes, como por exemplo a África, tiveram que   transladar-se para servir os católicos da Europa e da América. Isto põe uma pressão adicional sobre a Igreja na África, onde o crescimento significativo nas paróquias, sacerdotes e religiosos ainda não consegue responder ao maior auge da sua população católica.
“Enquanto alguns sacerdotes africanos servem internacionalmente em paróquias do mundo inteiro, isto pode chegar a ser mais difícil nas próximas décadas, pois existem necessidades mais urgentes no próprio continente”, assinala o relatório.
Das regiões incluídas no relatório, a África experimentou o maior aumento de católicos por paróquia desde 1980, passaram de 8.193 católicos por paróquia em 1980 a 13.050 em 2012.
Apesar de o número de sacerdotes e paróquias na África subirem mais de 100% durante este período de tempo, o número de católicos cresceu em 238%, o que aumenta a proporção entre o número de católicos e o número de sacerdotes e religiosos.
Segundo estas investigações, o esplendor católico pelo qual está passando o continente é uma consequência do auge da sua população, pois as taxas de fertilidade em qualquer região estão relacionadas diretamente com a vitalidade da Igreja nessa zona.
Quando a taxa de fecundidade está abaixo do nível de substituição de 2,1 filhos por casal – como acontece na maioria dos países europeus – a Igreja está numa situação complexa.
Quando a taxa de fecundidade é mais alta e está acima da taxa de substituição – como na África subsaariana com um 5,15 – a Igreja está crescendo rapidamente.
E quando a taxa de fecundidade se aproxima do nível da taxa de substituição – como na América Latina e no Caribe, onde diminuiu de 4,2 em 1980 a 2,18 em 2012 – o crescimento da Igreja está em desaceleração.
A explicação do Dr. Mark Gray para isto é simples: menos nascimentos “significa eventualmente um menor número de batismos, primeiras comunhões, menos matrimônios e populações menores”.
Fonte: ACI

quinta-feira, 9 de julho de 2015

CONHEÇAM A COMUNIDADE CATÓLICA SHALOM

QUEM SOMOS?!


Somos a Comunidade Católica Shalom, uma comunidade nova oriunda da Renovação Carismática com Temos reconhecimento pontifício, como Associação Privada Internacional de Fiéis. Servirmos a Igreja por meio de uma consagração de vida. Temos como fim último a evangelização e a formação de filhos de Deus. Somos chamados a ser, no interior da Igreja, discípulos e ministros da Paz; a acolher, viver e anunciar ao mundo a Paz que é o próprio Jesus (cf. Ef 2,14).
Nascida no meio dos jovens, a Comunidade surgiu de um ardente desejo de evangelizar os jovens mais afastados de Deus. Transformamos uma lanchonete em um meio de atração dos jovens a Deus. A Comunidade Católica Shalom é formada por homens e mulheres que se doam a Deus.
Nestes anos todos percebemos que somos uma Vocação no interior da Igreja. Vocação esta que pode ser vivenciada de duas formas que se complementam: a Comunidade de Vida e a Comunidade de Aliança.

Identidade

Somos uma Família! Celibatários, casais, sacerdotes, pessoas em discernimento do seu estado de vida, homens e mulheres, jovens e adultos. Todos unidos por uma consagração de vida, na pobreza, obediência e castidade, segundo o estado de vida que o Senhor nos chamar. O que nos une é o chamado que o Senhor nos fez para entregarmos nossas vidas a Ele vivendo, na contemplação e na unidade, do anúncio explícito de Jesus Cristo, a consumirmos nossas vidas em uma consagração na Igreja e para a Igreja. Somos um só povo a caminho da santidade, não por presunção mas por vocação.

Nossa Missão

"Ao encontrar os discípulos no Cenáculo, Jesus Ressuscitado disse-lhes: Paz a vós (Jo. 20,19) ou simplesmente, Shalom! (...) Ao doar a Sua paz aos discípulos, o Ressuscitado que passou pela cruz e que, por isso, traz suas marcas gloriosas, enviou-os ao mundo em Seu Nome e lhes deu o Seu Espírito para implantar, com o Seu poder, esta paz no coração de cada homem e de toda humanidade" (ECCSh, 1-2).
Assim também somos chamados a ser anunciadores da Sua paz, a viver e proclamar a Sua paz, a levarmos com a nossa vida, nossa palavra e com o nosso testemunho, o Shalom de Deus aos corações. Sermos instrumentos de reconciliação do mundo com Deus, e anunciar com todo o nosso coração e com todas as nossas forças, a salvação de Jesus Cristo.

Somos uma Família!

Sacerdotes
Os sacerdotes na comunidade são irmãos entre os irmãos e vivem seu ministério segundo o espírito próprio da Vocação, à serviço da Igreja e dos irmãos. Eles não constituem um ramo distinto da Comunidade mas são, em tudo, integrados no mesmo corpo comunitário, com as mesmas graças e renúncias que isto implica. Eles são para nós reflexo do amor redentor da pessoa do Filho, Jesus Cristo, e atuam como instrumentos de vida reconciliada na comunidade através dos sacramentos.

Casais
Com grande alegria, a comunidade gera e acolhe casais que são para nós sinais do amor do Pai. Os casais atuam como instrumento gerador de vida e da animação do espírito de família na comunidade. Eles são membros plenamente da comunidade e abraçam-na com todas as bênçãos e exigências próprias. Na comunidade de Vida, as famílias têm um ambiente reservado onde se mantém a privacidade própria da vida familiar e um tempo para a convivência com os filhos. As famílias da comunidade, uma vez por semana, reúnem-se para juntos rezar e celebrar a alegria da presença de Deus em seu meio.

Celibatários
Os celibatários da comunidade são como um reflexo da Pessoa do Espírito Santo entre os irmãos e atuam como um instrumento de fecundidade e de poder espiritual para a comunidade e para a Igreja, são sinais do amor santificador do Espirito para os irmãos. Os celibatários são membros legítimos da comunidade e têm os mesmos direitos e deveres dos outros irmãos. São para todos um sinal escatológico lembrando-nos de que no Céu todos seremos celibatários.

Espiritualidade

Aspectos Gerais
Amor incondicional por Jesus Cristo, segundo o modelo de vida fraterna proposto por São Francisco de Assis;
Vida de oração segundo o caminho de Santa Teresa D’Ávila;
O espírito da Renovação Carismática Católica e o uso dos carismas do Espírito Santo a serviço da Igreja;
Amor filial à Virgem Maria, Rainha da Paz;
Forte apelo a uma profunda vida de oração;
Vida de louvor.
Amor fraterno, Evangelho, Apostolado, Igreja
União da vida contemplativa e ativa;
Exercício do amor fraterno segundo o modelo de unidade e caridade da Trindade;
Opção radical pelo Evangelho e a vivência de seus conselhos;
Amor sincero à Igreja e um desejo real de servir no apostolado e na vida missionária.
CONTEMPLAÇÃO, UNIDADE E EVANGELIZAÇÃO – O fundamento deste carisma de Paz.


Como vivemos? 

Comunidade de Vida

A Comunidade de Vida é um chamado de Deus a abandonar tudo e vivermos inteiramente e plenamente a vocação Shalom. Os membros da Comunidade de Vida devem estar dispostos a renunciar tudo para abraçar este novo que Deus nos concede. "Nossa realização não estará mais no que o mundo pode oferecer, mas exatamente na renúncia a tudo isso, para uma dedicação total e plena a Deus na Comunidade e nos serviços de sua vinha" (RVSh 126). Vivemos na e da vinha do Senhor. Moramos em residências comunitárias onde colocamos tudo em comum; crescemos juntos no amor fraterno e na vida de oração.
Como consagrados, somos chamados a viver com radicalidade a pobreza, a obediência e a castidade. A Comunidade de Vida "é chamada a viver a pobreza evangélica, estando aberta a receber de Deus, através dos irmãos, o necessário para o nosso viver. O Senhor nos chama a viver a pobreza que consiste em nada possuir, em colocar todas as coisas para o uso comum" (RVSh 136-137). No campo da providência confiamo-nos a São José, patrono da Igreja e da nossa Comunidade. A ele entregamos nossas necessidades espirituais e materiais.
Nossa Vida Consagrada sustenta-se no "tripé" da vocação: Contemplação, Unidade e Evangelização.
Na Comunidade de Vida as manhãs são vividas em clima de silêncio, oração e escuta de Deus. Participamos pelas manhãs da Celebração Eurarística em nossas casas, e após o café da manhã nos unimos à Igreja para cantar os louvores do Senhor através da oração das Laudes. Após o louvor entramos em um momento pessoal de Lectio Divina (leitura orante da palavra de Deus) e de oração pessoal. Concluímos a nossa manhã com um momento de formação comunitária e partilha de vida. Nossas tardes e algumas noites são dedicadas ao serviço na vinha do Senhor.
Como todo nosso ser, nossa vida profissional é inteiramente consagrada ao Reino. Trabalhamos com todo empenho para que Jesus, que é a nossa paz, seja anunciado a todos os homens. No final da tarde, novamente reunimo-nos para, como Comunidade, louvar, adorar e bendizer ao Senhor numa oração marcada pelo louvor, escuta de Deus e uso dos carismas do Espírito Santo. As outras noites são dedicadas à fraternidade onde podemos nos deixar conhecer pelos irmãos e amá-los. Encerramos nosso dia com a oração das Completas (Liturgia das horas), celebrando a misericórdia do Senhor e louvando-o por tudo o que Ele nos deu naquele dia.
Assim vivemos a nossa vocação: colhemos a Paz do coração de Jesus (contemplação), vivemos a Paz com nossos irmãos (unidade) e anunciamos a Paz aos homens (evangelização).
Na Comunidade de Vida encontram-se os três estados de vida: celibatários, casais e sacerdotes, bem como irmãos em discernimento de seu estado de vida. Todos com os mesmos direitos e deveres abraçam todas as bênçãos e exigências próprias desta vocação.

 

Comunidade de Aliança

A Comunidade de Aliança é formada por pessoas que trazem em si a Vocação Shalom e exercem suas atividades profissionais dentro e fora da obra. Estes irmãos podem viver juntos (Comunidade de Aliança Residencial) ou em suas próprias casas (Comunidade de Aliança Externa).
Os membros da Comunidade de Aliança participam do compromisso da pobreza conforme o Carisma Shalom, conscientes de que nada possuem, pois tudo é dom de Deus e usam seus bens a serviço do Senhor. Vivem em espírito de obediência ao Senhor Jesus Cristo, ao seu Evangelho, à Igreja, às Regras de Vida e às autoridades constituídas segundo a vontade do Senhor. Esta obediência é instrumento eficaz nas mãos do Senhor para realizar sua obra em suas vidas, obra esta de humildade, mansidão e entrega. A castidade, própria de um coração que ama a Deus de forma indivisa, é uma marca na vida e no coração dos consagrados da Comunidade de Aliança.
Semanalmente os irmãos da Comunidade de Aliança reúnem-se em reuniões de oração e formação. Têm como prioridade em suas vidas a vida de união com Deus, sendo ela fonte de comunhão com o Carisma e impulsionadora da vivência do amor. Esta vida de união com Deus é marcada por momentos fortes de espiritualidade comunitária e pessoal. Abraçam como compromissos espirituais: a oração pessoal, estudo bíblico segundo o método da Lectio Divina, terço e Eucaristia diária, reunião de formação e oração semanais, partilha de vida e lazeres comunitários. Chamados à vida comunitária, na fraternidade os membros da Comunidade de Aliança encontrarão a força e a fecundidade do Espírito para permearem e transformarem toda sua vida familiar, profissional, social e apostólica com o carisma Shalom
A Comunidade de Aliança traz consigo a beleza e riqueza do espírito missionário próprio da Vocação Shalom, estando sempre aberta, conforme à vontade de Deus, a ser enviada em missão.
Comunidade de Aliança Residencial: Dentro da Comunidade de Aliança, o Senhor chama alguns à uma vida comunitária mais intensa. Estes irmãos se agrupam em pequenos núcleos residenciais sem abandonarem seus compromissos seculares, partilhando, de modo mais profundo, suas vidas e bens uns com os outros e com a Obra. Para os seus membros a comunidade se torna uma nova família através do encontro com Deus, consigo mesmo e com os irmãos.


Fundador

Co-Fundadora


Eu com Moysés, e com a Emmir!!









quarta-feira, 8 de julho de 2015

O que é um Retiro Espiritual ?

O que é um Retiro Espiritual ?

“Solidão, recolhimento, vida interior. Queres encontrar a Deus?” “Afasta-se das criaturas”.
São Maximiliano Maria Kolbe-Sacerdote e Mártir
Buscar um tempo para si mesmo junto ao bom Deus. Um retiro espiritual deve ser marcado por este principal objetivo. Vivemos hoje num mundo de grande velocidade, agilidade de informação e compromissos diversos, onde, quase sempre, não temos tempo para nada e se não tiver tempo para Deus à morte espiritual é absolutamente certa! O ser humano, em especial os dedicados à vida religiosa, necessita de uma parada nas atribuições do dia-a-dia para ampliar esse contato ardente com o Pai celestial. O retiro torna-se este momento no qual paramos para refletir sobre nós mesmos, sobre a nossa condição de vida; para pensar em como estamos vivendo, quais motivações para as tarefas que realizamos e para o modo de vida que temos; como estamos agindo e nos comportando no meio da sociedade. Enfim, uma série de questionamentos que podem ser respondidos por meio do silêncio, da oração e de um aproximar-se mais intenso ao Senhor Deus.
O silêncio e o recolhimento na oração foram e são marcas constantes na Tradição da Igreja. Diversos exemplos de retiro e tempo para um encontro espiritual aparecem na Sagrada Escritura e na história da vida orante ao longo dos séculos. Os apóstolos permanecem no Cenáculo, por nove dias, na oração e no silêncio e esperaram a manifestação do Espírito Santo. Os eremitas, os monges até hoje seguem para o deserto onde se entregam ao conhecimento de si próprios e a união com Deus, para irradiarem a vida na Igreja e na sociedade com sua profunda sabedoria e mística.
Nos Santos Evangelhos, o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo que se afastava das multidões que o seguiam e retirava-se para um ermo onde pudesse entregar-se a contemplação. Antes de iniciar a sua vida pública, recolheu-se a um deserto onde sua natureza humana foi posta a prova, sem que o demônio a pudesse dominar. Com seus discípulos, igualmente, ao voltarem da missão, retirava-se com eles para que pudessem, na solidão, estar a sós com Deus. (Cf. Mt 4,1-11; 14,23; Mc 1,35).
O santo retiro, o recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças e nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, nos tornar à imagem de Cristo. É num retiro que somos convidados a nos entregarmos nos braços do bondoso Deus, confiarmos a ele toda a nossa vida. O retiro é um momento rico e oportuno para renovarmos a nossa vida de oração e nossa espiritualidade.
“A pratica do silêncio, da meditação e da oração favorecem diversas áreas cerebrais, tornando-as mais pacientes e altruístas”, afirmou a Dra. Adriana Gini, neurorradiologista italiana.

NOSSO DESEJO PARA DEUS
 A grande mística e Doutora da Igreja Santa Teresa de Ávila disse: “A alma sente um desejo irresistível de Deus”.
O ser humano foi constituído com desejos, conhecimentos e transcendências. O nosso desejo atua de várias formas, porque somos carentes de tudo e estamos aspirando ao incomensurável. O nosso anseio é de fato e de verdade pelo impossível e pelo desconhecido da eternidade. Arde dentro de nós a vontade revelativa do segredo, do misterioso.
“O ínclito mestre da espiritualidade cristã Santo Agostinho de Hipona, a partir de sua abissal experiência com Deus, escreveu: ‘Fizeste-nos para ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti”. Daí entendemos que o ser humano tem profunda fome e sede de Deus. Somente Deus pode satisfazer todos os nossos desejos. Ele colocou dentro de nós a eternidade (Ecl 3,11).
Temos a capacidade nata de comunhão com Deus. Cada ser humano traz no seu coração a marca de pertença ao Senhor Deus e atração do seu infinito amor. O maior desejo do ser humano é ver seu Criador, estar com Ele e viver para sempre com Ele.
Deus é amor, e viver esse amor é viver a infinidade da felicidade.

O DESERTO
Disse o Senhor: “Vou conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração’ (Os 2,16). O retiro espiritual no deserto é uma modalidade específica a certas pessoas que o Senhor Deus direciona para uma intimidade abissal e uma missão grandiosa em prol da restauração individual e coletiva. Moisés (Ex 3,1-12); Elias (1 Rs 19, 4-8); João Batista Lc 1,80; 3,2); Jesus (Mt 4,1); Paulo (Gl 1,17.21; 2,1; (2 Cor 11,26). Os Padres do deserto, os eremitas, os monges, e os místicos.
Deserto é fator de solidão e silêncio. Solidão aqui é o todo ser da pessoa com a Santíssima Trindade e os anjos. Na solidão tomamos distância de toda materialidade e do contexto geográfico. É a dimensão absoluta do espírito, ou seja, liberdade da sua autêntica imaterialidade. O lugar, o tempo e a missão são por conta de Deus.
O silêncio é o colóquio da alma é a comunicação mais hipotalássica comigo, com Deus e com o próximo. Capacidade profunda de escuta que flui em nossa consciência a nossa realidade. O silêncio interior é o espaço total para a nossa alma e o silêncio exterior é a ausência total do barulho e de todo atrapalho.
CONCLUSÃO 
Precisamos bastante de retiros espirituais. É uma excelente prática para cura, libertação e salvação. Fonte de saúde física, emocional e espiritual. Buscar conhecer vários tipos de retiros para crescer na graça e na sabedoria espiritual. Retiro é o mar de bênção que podemos mergulhar a alma com profundidade.
De todas as nossas atividades o tempo para o nosso retiro é sagrado. Nada, absolutamente nada, é mais importante do que o tempo de comunhão com Deus. O retiro é o tempo sacramentado para o alimento da nossa fé, robustez do amor, fortaleza de nossas virtudes e a gloriosa paz de espírito.
Sem tempo para Deus a pessoa vive rasa, vazia, superficial, virtual, parcial e infernal.
O retiro espiritual é graça abundante para todo o nosso ser.

Form Ago 2011

A incrível história de Adaline


Adaline1“Conhece-te, aceita-te, supera-te.”
(Santo Agostinho)
Sinopse: Adaline Bowman (Blake Lively) nasceu em 1908. Ela tinha uma vida normal, marido, uma filha, até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, o tempo, milagrosamente, parou para Adaline, e ela fica indefinidamente com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu segredo revelado. Mas ela conhece o jovem filantropo, Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.
Não se trata de um grande filme e nem temos brilhantes atuações, mas nos traz uma boa reflexão em forma de metáfora: até que ponto conseguimos ou queremos assumir a nossa vida?
No filme vemos o caso de uma mulher que, após um acidente com acontecimentos fantásticos, “simplesmente” deixa de envelhecer. Vamos pensar na situação… Desde 1908 ela vai ter sempre a aparência de 29 anos, o que traz um imenso problema para Adaline. Se ela conta para todos acaba virando um espécime para pesquisas; se vai esconder, tem que mudar de cidade e identidade a cada tempo, para não chamar a atenção, por não mostrar as marcas próprias do envelhecimento.
Esta vida de mudanças traz uma consequência complicada na vida de Adaline, pois ela não poderá criar vínculos com qualquer pessoa para não expor seu segredo. No final das contas, não poderá tomar decisões definitivas, como por exemplo, morar sempre em um local, trabalhar sempre no mesmo emprego ou casar novamente. Sua vida se torna provisória em todos os aspectos, em especial na sua identidade. De tempos em tempos assume uma nova vida, nova identidade e, no final das contas, não consegue ser feliz. Aproveita diversos bons momentos, mas isso não traz a felicidade.
É interessante que nesta época em que quase tudo se torna descartável, muitos fazem algo semelhante a Adaline ao decidirem viver alguma outra vida que entendem ser mais interessante que a sua, além de evitarem tudo que é definitivo, como Deus. Assim como a protagonista do filme, em razão da cultura do provisório muitos não conseguem ser felizes.
Quando o Papa Francisco esteve no Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, falou bem claramente aos voluntários do evento:
Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-Lo, responder à própria vocação é caminhar para a realização feliz de si mesmo. (…) Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, crê que vocês não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E tenhamtambém a coragem de ser felizes!
Que possamos primeiro decidir por Deus, Ele que é definitivo não pode ser tratado como provisório em nossas vidas, e a partir desta decisão, poderemos ouvir a Sua voz e encontrar nossa vocação, verdadeiro caminho para a felicidade.
CONFERIR2
Ficha técnica:
Gênero: Drama
Direção: Lee Toland Krieger
Roteiro: J. Mills Goodloe, Salvador Paskowitz
Elenco: Amanda Crew, Anjali Jay, Anthony Ingruber, Barclay Hope, Blake Lively, Chris William Martin, Ellen Burstyn, Harrison Ford, Kathy Baker, Lynda Boyd, Mark Ghanimé, Michiel Huisman, Peter J. Gray, Richard Harmon, Robert Moloney
Produção: Alix Madigan, Gary Lucchesi, Sidney Kimmel, Tom Rosenberg
Duração: 110 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Distribuidora: Diamond Films
Estúdio: Lakeshore Entertainment / Sidney Kimmel Entertainment / Sierra / Affinity
Classificação: 12 anos
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