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O quanto a alegrava estar ali, brilhando, refulgindo a glória de Deus, atenta aos seus desejos.
Lá estava ela, naquelas noites tão únicas, naquelas noites tão especiais. Alegre e atenta, ostentava o brilho de quem é intimo do Senhor. Este brilho era, aliás, a linguagem que expressava ao mundo que a sua missão não era algo corriqueiro. Era, ao mesmo tempo, a linguagem de Deus que nela atraía e conduzia aos homens.
Mais uma noite se aproximava e, lá estava ela a brilhar em seu posto e alegrar-se por ter sido escolhida. Que grande prova de amor de Deus! Havia tantos milhões de estrelas e Ele escolherá exatamente ela: a menor, a menos expressiva, a escondida, e fizera dela a mais esplendorosa, a mais honrada de todas as estrelas. E isto, simplesmente por uma escolha amorosa, muito além do seu entendimento.
Aquele amor, derramado assim em escolha a transformara. Tinha um brilho novo, que não era seu, mas estava em si. Tinha uma nova expressão, que não vinha de si, mas de sua missão. Que atraía os homens ao Deus que se encarnara.
Deus a chamara e ela respondera: “Aqui estou”. Toda a sua vida então se transformado. Tinha agora que ser luz, que guiar, que estar atenta ao mínimo desejo de Deus para seu povo, tinha que indicar, conduzir, apontar, levar ao Senhor menino todos os homens de boa vontade.
E o quanto queria fazer isto! O quanto a alegrava estar ali, brilhando, refulgindo a glória de Deus, atenta aos seus desejos. Quanta alegria ao ver os pastores obedecendo! Que jubilo observar a perseverança dos sábios reis pagãos que, a cada anoitecer esquadrinhavam o céu em sua busca.
E que dor, ah, que dor ver quantos eram indiferentes à sua linguagem! Quantos nem reparavam no que ela tinha a dizer, e pior! Quantos a interpretavam mal, distorcendo sua mensagem, sendo surdos e cegos apesar de terem ouvidos e olhos! Isto a cansava, a desiludia, frustrava-a. como quereria corresponder ao Amor que a transformara, levado todos a Ele! E, no entanto, como isto era impossível para ela por mais que se esforçasse por ser transparente a glória que nela estava. Passaram-se assim os dias. O zelo pela casa do Senhor se revezava em alegrias e frustrações, enquanto ela, atenta, brilhava obedientemente em seu posto.
Aquele amor, derramado assim em escolha a transformara. Tinha um brilho novo, que não era seu, mas estava em si. Tinha uma nova expressão, que não vinha de si, mas de sua missão.
Maria Emmir Oquendo Nogueira
TT @emmiroquendo
Facebook/ mariaemmirnogueira
Coluna da Emmir – www.comshalom.org
Entrelinhas – Revista Shalom Maná – janeiro de 2013
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Entrelinhas – Revista Shalom Maná – janeiro de 2013
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