sábado, 28 de fevereiro de 2015

MISSA DA FAMÍLIA SÃO JOSÉ FM 100.5

ESTA FOI A SEGUNDA MISSA DO ANO DA FAMÍLIA SÃO JOSÉ FM 100.5, TIVEMOS A OPORTUNIDADE DE SE ENCONTRAR COM MUITOS OUVINTES DA RÁDIO SÃO JOSÉ. GENTE QUE VIERAM DE LONGE, DE DIVERSOS LUGARES DO INTERIOR E DA CIDADE.

ESTA MISSA FOI UMA BENÇÃO, TIVERAM ALGUNS CARTAZES E FAIXA. PESSOAS DO RIO PRETO, RIO BAIANO...

 CRIANÇAS DA FAMÍLIA SÃO JOSÉ.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

RETIRO ESPIRITUAL COMUNITARIO PARA O TEMPO DE QUARESMA



A Quaresma é o momento propicio para os católicos praticarem os deveres de cristãos. Nesta época, as comunidades se reúnem para refletirem seus atos na vida social, religiosa e espiritual.
Nos encontros comunitários podem haver varias programações como: Novenas, Jejum Comunitario, Oração do Terço, Adoração ao Santissimo, Leitura e Reflexão do Evangelho, Ações Solidarias como Arrecadação de Roupas e Alimentos, Dinamicas de Grupos, etc. ; o que importa é que o Encontro seja marcado por gestos de conversão, caridade, jejum e outros atos que representem atitudes de bom Cristao.
1 – CONVERSÃO: “CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO” (Mc 1, 12-15)
Na Quarta-Feira de Cinzas, o Padre coloca cinzas sobre as cabeças dos Cristãos ou faz o sinal da cruz com cinzas sobre a testa deste, benzendo a cada um dizendo: ”Convertei-vos e crede no Evangelho”. Esta frase é o convite para uma mudança espiritual. Converter-se significa refletir sobre os caminhos que temos andado; e dirigir nossa caminhada ao encontro de Deus. Deus é o caminho, a verdade e a vida; por isso quem segue a Deus, segue o caminho do bem, do amor e da virtude.
 2 – CONFISSAO: “SE DISSERMOS QUE NÃO TEMOS PECADO, ENGANAMO-NOS A NÓS MESMOS, E NÃO HÁ VERDADE EM NÓS (I jOÃO 1.8)
A confissão é um ato de limpeza da consciência, o qual todo Cristao deve praticar no mínimo uma vez por ano, preferencialmente, durante a quaresma. Na confissão, o Cristao revelará ao Padre os pecados que cometeu contra si mesmo, contra seus entes queridos, contra o próximo e contra Deus.
A confissão de qualquer Cristao jamais será revelada por um Padre, mesmo que seja um pecado mortal. Todo Cristao que não segue a Lei de Deus, representada pelos 10 Mandamentos, é um Pecador. Por isso, quem desobedece qualquer um dos 10 mandamentos, precisa confessar-se e pagar a penitencia que o Padre determinar para que seja absorvido de seus pecados.
 3 – PERDÃO: “É PERDOANDO QUE SE É PERDOADO” (São Francisco de Assis)
Como nos ensina São Francisco de Assis, em sua belissima oração, devemos perdoar para sermos perdoados. Devemos perdoar aqueles que nos julgaram, nos traíram e nos desejaram mal. Devemos nos livrar de mágoas e ressentimentos; só assim teremos o coração purificado. E um coração puro está apto a receber o amor de Deus; e consequentemete, ser perdoado pelos erros que cometemos, pelas vezes que nos omitimos, pelos males que causamos, pelas coisas que falamos e pelo irmão que julgamos.
 4 – JEJUM:“TU, PORÉM, QUANDO JEJUARES, UNGE A TUA CABEÇA, E LAVA O TEU ROSTO, PARA NÃO PARECERES AOS HOMENS QUE JEJUAS, MAS A TEU PAI, QUE ESTÁ EM SECRETO; E TEU PAI, QUE VÊ EM SECRETO, TE RECOMPENSARÁ PUBLICAMENTE.” (Mateus 6.16-18)
Jejuar é um ato de louvor a Deus. É uma forma de oferecermos sacrifício ao Nosso Senhor.
Os Padres recomendam que podemos jejuar deixando de fazer algo que gostamos muito, principalmente no tempo da Quaresma, quando se rememora a passagem do sofrimento de Jesus.
Podemos jejuar deixando de fazer uma das principais refeições, toda 6ª feira durante a quaresma.
 5 – CARIDADE: “RECOMENDO-VOS MUITO E MUITO A SANTA CARIDADE ENTRE VÓS… TENDE GRANDE AMOR À PRATICA DA SANTA CARIDADE” . (Santa Paulina)
A caridade é o ato mais sublime de um cristão para com seus irmãos necessitados. “Quem dá aos pobres, empresta a Deus”. A caridade não pode ser feita como uma obrigação; para doar é preciso estar de coração aberto, para que este ato seja aceito por Deus.
Inumeros são os Santos e Beatos que, pela fé, abraçaram a causa da caridade; e entregaram suas vidas a Deus. Deus os conduziu pelo caminho do bem, entregando-lhes os pobres e necessitados para que destes cuidassem. Dentre tantos exemplos de humildade temos Santa Paulina (nossa Santa Brasileira), São Vicente de Paulo, São Francisco de Assis, Santa Clara de Assis, Irmã Dulce, Madre Teresa de Calcutá, Frei Galvao, e muitos outros . Hoje com a evolução das comunicações, é possivel fazer a caridade até mesmo sem sair de casa. Muitas entidades filantrópicas tem voluntários que coletam doações em domicílios, divulgam suas contas bancarias, fazem propaganda ou apelos no radio ou televisão. Portanto, para ajudar basta querer e poder.
 6 – ORAÇÃO: “QUANDO ORARDES, NÃO USEIS MUITAS PALAVRAS, COMO FAZEM OS PAGÃOS.” (Mateus 6, 7)
A oração é um ato de comunhão com Deus. É através da oração que praticamos o Evangelho, pois as orações são trechos tirados da Biblia Sagrada; por isso quando oramos profundamente, nossas preces são ouvidas, seja por Deus ou pelos nossos Santos intercessores. A oração também pode ser feita de forma pessoal, em forma de dialogo, como se estivéssemos falando com um amigo intimo.
Outra forma de orar é através do canto religioso, pois as letras dos cantos trechos bíblicos em ritmos variados.Portanto, não importa como oramos; o importante é orar todos os dias, principalmente, ao acordar, na hora das refeições e na hora de dormir.
 7 – FÉ E AMOR – “POIS DEUS TANTO AMOU O MUNDO QUE DEU O SEU FILHO UNIGÊNITO, PARA QUE TODO O QUE NELE CRER NÃO PEREÇA, MAS TENHA A VIDA ETERNA” (João 3:16). Nós, católicos “adoramos” a Deus e ao seu Filho Jesus e “veneramos” os Anjos e Santos, sendo estes os intercessores que levam a Deus e a Jesus os nossos pedidos.
Cremos no Espirito Santo, na Santa Igreja Catolica, na Comunhão dos Santos, na Remissão do Pecados e na Vida Eterna. O verdadeiro Cristao participa das atividades da Igreja , seja como ouvinte ou voluntário. Quanto mais ele ouve a palavra de Deus, mais reforça sua fé; e quanto mais se dedica nas obras de Deus, mais aumenta o seu amor por Deus. E movido por este amor, o Cristao torna-se um Missionario de Deus. Como diz o primeiro mandamento, devemos “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Assim, Deus deve vir em primeiro lugar em tudo que planejarmos para as nossas vidas.
Portanto, nesta quaresma vamos ser mais vigilantes na nossa vida religiosa, ORANDO, JEJUANDO, CONFIANDO e CONFESSANDO. Sigamos firmes e confiantes guiados pela nossa fé.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo!

Santo Padre segue para Ariccia, cidade italiana, onde permanece em retiro com a Cúria Romana até 27 de fevereiro

Santo Padre segue para Ariccia, cidade italiana, onde permanece em retiro com a Cúria Romana até 27 de fevereiro
Da Redação
papa_exercícios-espirituaisO Papa Francisco segue logo mais à tarde neste domingo, 22, para a cidade de Ariccia, a 40 km de Roma, para os exercícios espirituais de Quaresma. Participam das reflexões, que vão de 22  a 27 de fevereiro, o Santo Padre e membros da Cúria Romana.
As meditações de hoje estão previstas para começar às 18h (horário em Roma, 14h em Brasília) com a Adoração Eucarística e a recitação das Vésperas.
As reflexões do retiro espiritual, que acontece todos os anos, serão conduzidas pelo Carmelita Bruno Secondin. O tema abordado será “Servidores e profetas do Deus vivo”, fazendo uma leitura pastoral do profeta Elias.
Como no ano passado, os exercícios espirituais da Quaresma serão realizados fora do Vaticano, o que segue uma tradição jesuíta (ordem religiosa à qual Francisco pertence) de fazer a reflexão fora do lugar de trabalho ou onde se vive.
Por ocasião do retiro quaresmal, todas as audiências privadas e especiais com o Santo Padre são suspensas, incluindo a tradicional catequese de quarta-feira na Praça São Pedro.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O Pecado da Idolatria em poucas palavras e a Interpretação da Passagem de João 14:6

QUARTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2013
idolatriaOlá meus amigos direi em poucas palavras sobre o Pecado da Idolatria, uma questão que os protestantes tanto criticam a nós católicos sobre o culto as Imagens.
E outra é sobre a interpretação da Passagem Bíblica de João 14:6 onde está presente a Santíssima Trindade onde os Protestantes só tem a Deus como um Deus UNO, mais nós Católicos Apostólicos e Romanos temos Deus em três pessoas o Pai, o Filho e o Espirito Santo.
Pecado da Idolatria
Latria = Adoração = Deus.
Hiperdulia = Veneração = Maria.
Dulia = Respeito = Anjos e Santos.
Adoramos somente a Deus e Jesus é Deus por quer foi dado a ele o poder sobre o céu e a terra, assim sendo uma das coisas que os Protestantes, por exemplo, costumam citar em primeira questão sobre os católicos é sobre a adoração de Imagens, mais o pecado da Idolatria que também acontece por Imagens não é só isso, também acontece quando Jesus (Deus) deixa de ser o primeiro em nossas vidas ou quando colocamos alguma coisa material (dinheiro) ou humana (pessoa) no lugar de Deus, ou seja, saímos do Caminho, da Verdade e da Vida e caímos no Pecado que consequentemente é o da Idolatria Ponto Final em poucas palavras é isso.
Passagem de João 14:6
liturgiaEntremos agora na questão de compreender a Passagem de João 14:6 onde Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida Realmente Jesus disse: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida ninguém chega ao Pai se não por mim, ou seja, o Pai que é Deus e está em Jesus então não precisamos ir até o Pai, pois já estamos diante dele por meio de Jesus, A Santíssima Trindade nos revela muito bem isso o Pai que é Deus, o Filho que é Jesus e a Vida que é o Espírito Santo se vocês continuarem lendo o restante dos versículos vocês verão isso  - tentem não interpretar as passagens bíblicas somente pela sua razão assim você criará somente o seu próprio argumento, você precisa de uma revelação divina, ou seja, do Espírito Santo que nos revela a vida para saber o que Deus está nos falando através daquela passagem, é por isso que muitas vezes fazemos coisas erradas, por causa que NÓS não interpretamos muito bem as coisas. Deus Abençoe.


Combate ao comunismo no pontificado de João Paulo II


SEXTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2014
Papa polonês conheceu de perto regime comunista e procurou, ao longo de seu pontificado, promover a dignidade da pessoa humana.
Ao longo da história, Igreja Católica e comunismo andaram em lados opostos, já que a ideologia materialista fere princípios defendidos pela doutrina católica, como a liberdade humana. Esse contraste se manifestou de forma especial no pontificado de João Paulo II, um Papa polonês eleito enquanto o regime ainda estava em vigor.
João Paulo II conheceu de perto o regime comunista, tendo vivido nele por mais de três décadas. Para o arcebispo de Porto Nacional (TO), Dom Romualdo Matias Kujawski, isso influenciou o discurso do Papa em relação ao comunismo.
“Sem dúvida nenhuma, o conhecimento pessoal influenciou nos discursos que o Santo Padre fazia. (…) Ele tentou positivamente explicar o Evangelho e concretizar a dignidade da pessoa humana”.
Assim como João Paulo II, Dom Romualdo é polonês. Ele conta que o Papa sofreu com esse sistema pautado por uma ideologia ateia, que acaba oprimindo a pessoa. Dessa forma, o posicionamento do Papa polonês, bem como o da Igreja, sempre foi contrário ao regime. “Sempre aquela luta, aquela fala, por necessidade da liberdade da pessoa e também liberdade religiosa”.
O esforço de João Paulo II em disseminar os princípios da liberdade e do direito do homem revelaram-se em seus documentos. Como exemplo, pode-se citar sua primeira encíclica, Redemptores Hominis, de 1979, com reflexões sobre a liberdade do homem, sua situação no mundo contemporâneo e seus direitos. Em outro documento, datado de 1981,Laborem Exercens, o Santo Padre reflete sobre o trabalho humano.
Essas e outras reflexões de João Paulo II foram tão marcantes e incidentes que se atribui a ele uma grande contribuição para o fim do regime comunista, o que ficou marcado definitivamente pela queda do Muro de Berlim em 1989.
Pouco tempo depois, em 1º de dezembro de 1989, aconteceu a audiência histórica entre João Paulo II e o líder da União Soviética, Mikhail Gorbachov, que foi recebido cordialmente pelo então Pontífice.
“A casa do Papa é, desde sempre, a casa comum para todos os representantes dos povos da Terra. Senhor presidente, seja também cordialmente bem-vindo”, disse João Paulo II a Gorbachov na ocasião (acesse íntegra do discurso em italiano).
Nesse encontro, também foi abordada a situação internacional e alguns problemas mais urgentes na época.  João Paulo II e Gorbachov também falaram do desenvolvimento de contatos recíprocos tanto para a solução de problemas da Igreja Católica na União Soviética quanto para promover um empenho comum em favor da paz e da colaboração no mundo.
“Esta colaboração é possível já que tem como objeto e sujeito o homem. De fato, ‘o homem é a via da Igreja’, como tive oportunidade de recordar desde o início do meu pontificado  (Redemptores Hominis, 14), acrescentou o Santo Padre.
Dom Romualdo destaca ainda que, em sua caminhada para anunciar o Evangelho, João Paulo II não adotou uma postura moralista, mas simplesmente queria oferecer a visão de Jesus. Não se tratava de uma ideologia, mas de uma consequência do Salvador que criou o ser humano para a felicidade, para a liberdade.
“João Paulo II continua me inspirando nos contextos das dificuldades, para não agir de impulso, mas exatamente refletir um pouquinho mais e agir a partir do que Jesus faria”, conclui Dom Romualdo.
Fonte: http://noticias.cancaonova.com/combate-ao-comunismo-no-pontificado-de-joao-paulo-ii/


Papa pede que fiéis escolham Deus em todas as circunstâncias

QUINTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2015
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Segundo Francisco, o cristão deve servir a Deus sempre, sem se deixar levar por deuses que não têm o poder de oferecer nada
Um convite para servir a Deus sempre. Esse foi o foco da homilia do Papa Francisco, nesta quinta-feira, 19, na Casa Santa Marta. Nessa primeira homilia da Quaresma, após a celebração de ontem (Quarta-Feira de Cinzas), o Santo Padre frisou que o cristão deve escolher Deus em toda circunstância da vida, e não se deixar enganar por hábitos e situações que afastam d’Ele.
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Essa escolha é difícil, disse o Papa, tendo em vista que é mais fácil viver se deixando levar pela inércia dos hábitos e situações da vida. No fundo, é mais fácil tornar-se servo de outros deuses.
“Escolher entre Deus e os outros deuses, aqueles que não têm o poder de nos dar nada, somente pequenas coisinhas que passam. (…) E hoje a Igreja nos diz: ‘Parem! Parem e escolham! É um bom conselho. E hoje nos fará bem parar e, durante o dia, pensar um pouco: como é o meu estilo de vida? Por qual estrada caminho?”.
Relação com Deus e os irmãos
Junto a essa pergunta, lembrou o Papa, é preciso refletir sobre o relacionamento com Deus, com os pais, os irmãos, a esposa ou o marido, os filhos. Nesse ponto, Francisco mencionou o Evangelho do dia, quando Jesus explica aos discípulos que um homem que ganha o mundo todo, mas perde ou arruína a si mesmo não tem vantagem alguma.
“Um caminho errado é aquele de procurar sempre o próprio sucesso, os próprios bens, sem pensar no Senhor, na família. E alguém pode ganhar tudo, mas no fim se tornar um fracasso. Aquela vida é um fracasso. ‘Não, fizeram um monumento para ele, pintaram um quadro para ele…’ Mas fracassou, não soube escolher bem entre a vida e a morte”.
Francisco convidou os fiéis a pedirem a Deus a coragem necessária para escolhê-Lo todas as vezes. Um auxílio pode ser a mensagem do Salmo 1: “Feliz é o homem que confia no Senhor”.
“Hoje, no momento em que pararmos para pensar nestas coisas e tomar decisões, escolher algo, saibamos que o Senhor está conosco, está próximo a nós para nos ajudar. Nunca nos deixa andar sozinhos, nunca. Está sempre conosco, mesmo no momento da escolha”.

Fonte: papa.cancaonova.com

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A Causa da nossa Alegria!

  • Carta aos Consagrados à Santíssima Virgem – 2013 Data da Postagem: 16 mar 2013 | Autor: Ataíde | Comentários: 1 Comment
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    A Causa da nossa Alegria!


    Venha a nós o Reino de Jesus Cristo, por meio do Reino de Maria!
    Até a poucos anos atrás, o maravilhoso “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem” era virtualmente desconhecido pelos católicos do nosso tempo. Em 2012, celebramos os 300 anos do “Tratado”, e esta Obra de São Luis Maria Montfort passa ser mais conhecida entre os católicos do Brasil.
    Nos últimos anos, dezenas de milhares de brasileiros fizeram a Consagração Total a Nossa Mãe Santíssima, como São Luis ensina no “Tratado” (TVD). A partir de agora, muitos nos procurarão para saber mais sobre o livro e esta Consagração, e caberá aos que já são Consagrados a propagação maior desta Devoção. Sejamos, portanto, os Apóstolos da Consagração!
    Queremos com isso responder a mensagem de Fátima (Portugal, 1917), onde a Santíssima Virgem disse: “Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração.” E prometeu: “Por fim, o Meu Imaculado Coração Triunfará”. Este Triunfo São Luis identifica como o Reino de Maria nos corações (TVD, n. 37-38), e por meio Dela, o Reino Eucarístico de Jesus Cristo (TVD, n. 1) e a ação abundante dos dons do Espírito Santo nas almas  (“TVD, n. 217). Que venha, então, o Triunfo!
    Estávamos há poucas horas da publicação desta carta em nosso site, quando fomos surpreendidos pela notícia que o Santo Padre Bento XVI apresentou a sua declaração de renúncia. Somos gratos pelo bem que Bento XVI fez à Santa Igreja, e pelo legado deixado aos seus Sucessores. Como Consagrados a Virgem Maria, busquemos, como Bento XVI nos deu o exemplo, sermos verdadeiros adoradores de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Própria Hóstia Consagrada, tratando o Corpo de Deus com toda adoração, amor, zelo e reverência. Busquemos também crescer no amor à Santa Igreja, sobretudo amando, conhecendo, estudando e propagando também o Catecismo da Igreja Católica, de maneira especial neste Ano da Fé, como o próprio Bento XVI tanto nos exortou.
    Neste ano de 2013, teremos a nossa IV Campanha Nacional de Consagrações a Virgem Maria. É o ano também em que o Brasil receberá o Papa, na “Jornada Mundial da Juventude”. Por isso, nossos olhares se voltam com mais intensidade para os jovens, a exemplo do Beato João Paulo II, o qual esperamos ansiosamente a canonização. É ele o Papa de Maria, Consagrado à Ela pelo método de São Luis sob o lema “Tutus Tuus”. Tendo ele este ardor pela salvação das almas, é inspiração dele a “Jornada Mundial da Juventude”, levando pelo mundo a Cruz e o Ícone da Virgem Maria.
    Como João Paulo II, vamos nos entregar especialmente pela santificação dos jovens. E como Consagrados a Virgem Maria, vamos nos entregar para que também eles conheçam esta Consagração e possam se Consagrar. Que nós tenhamos todo amor, paciência, santidade e criatividade para isso.
    O Santo Padre Bento XVI, em sua mensagem dirigida a Jornada da Juventude de 2012, afirmou:
    “Maria (…) é chamada «causa da nossa alegria» porque nos deu Jesus. Ela introduzir-vos-á naquela alegria que ninguém vos poderá tirar!”
    Que de fato, a Virgem Maria seja a Causa da Alegria da Juventude Católica no Brasil, também pela vivência da Consagração Total a Ela!
    Para que também a Consagração, enquanto meio para renovação e vivência plena do nosso Batismo (TVD, n. 126-130), possa suscitar santas e numerosas vocações ao Sacerdócio, à Vida Consagrada, à Vida Missionária e famílias santas que possam gerar filhos santos para Deus!
    É a Virgem Maria Quem gera o Cristo em nós (TVD, n. 30-35), e por isso Ela é também a Mãe da Vocações.
    Algumas questões práticas:
    • DATA DE CONCLUSÃO DA IV CAMPANHA NACIONAL: A data da conclusão da IV Campanha Nacional de Consagrações à Virgem Maria já está marcada: 08 de Dezembro de 2013, Solenidade da Imaculada Conceição. Como será em um Domingo, facilitará para que realizemos encontros de dois dias (07 e 08 de Dezembro)
    • CONSAGRA-TE: Para que as Consagrações se propaguem, é importante realizarmos nas diversas cidades um encontro com o nome de “Consagra-te”, onde se apresente a Consagração Total pelo método de São Luis, para a partir do encontro formarmos os grupos de preparação. Se visarmos a Consagração em 08 de Dezembro, Sugerimos que estes encontros aconteçam até o mês de Setembro, para haver tempo hábil das pessoas estudarem o “Tratado” e realizarem as orações preparatórias.
    • MEMÓRIA DE SÃO LUIS MONTFORT: Celebremos, solenemente, a memória de São Luis Maria de Montfort, no dia 28 de Abril. É importante lembrarmos-nos desta data em nossas Paróquias, Comunidades e Grupos, também como meio para propagarmos a Consagração Total.
    • SÚPLICA PARA AO ANO MARIANO EM 2016-2017 e DOUTORIZAÇÃO DE SÃO LUIS:  nos preparamos para o Centenário das Aparições da Santíssima Virgem em Fátima, que celebraremos no ano de 2017, bem como para os 300 anos da morte de São Luis Montfort em 2016. Para isso, supliquemos a Deus e ao Papa a graça de um Ano Mariano em 2016-2017, bem como a elevação São Luis Montfort ao caráter de Doutor da Igreja.
    • IMPORTANTE: Convocamos todos os Consagrados, dos vários grupos, movimentos e comunidades, para se unirem em oração conosco nestes empreendimentos, a oferecerem jejum e penitência a Deus por meio da Santíssima Virgem em vista que os Seus Planos se realizem, e para tomarem as devidas iniciativas para que estes eventos aconteçam em suas cidades.
    Estas são as aspirações dos Representantes da Campanha Nacional de Consagrações à Virgem Maria, reunidos em nosso Encontro Nacional de Lideranças Católicas e Pró-Vida, realizado nos dias 11 à 13 de Janeiro de 2013, na cidade de Luziânia-GO.

    Testemunho de uma Ex-Satanista sobre a Presença de Jesus na Eucaristia

  • Testemunho de uma Ex-Satanista sobre a Presença de Jesus na Eucaristia 
  •   Data da Postagem: 6 fev 2015 | Autor: Mateus 
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    A Bíblia diz que a Igreja, não a Bíblia, é a “coluna e sustentáculo da verdade” (l Tim 3: l5)!  A ex-satanista Betty Brennan, palestrando para um grupo de oração pentecostal, falou sobre a Bíblia e sobre a Igreja que nos dá a Eucaristia:
    “Durante anos, durante anos, eu tenho perseguido a Igreja de Cristo. Quando eu saí e voltei para a igreja, eu escolhi a Igreja Católica Romana, pois todo ritual satânico é um take-off (uma cópia reversa) dos Sacramentos na Igreja Católica Romana. Eles [os satanistas] sabem o que é a Eucaristia!! Se todo mundo aqui, e todos que entraram na renovação, compreendessem o Sacramento da Eucaristia, que é o Verbo encarnado, ninguém iria acabar numa igreja Pentecostal e ter um relacionamento apenas com um livro [a Bíblia] ao invés de um relacionamento com o  Cristo Sacramentado. Como alguém pode deixar uma Igreja Sacramental para frequentar outra denominação protestante baseando-se somente  [ na interpretação pessoal] da palavra na Bíblia? A palavra de Jesus Cristo conduz ao Verbo Encarnado, a Eucaristia!
    “Sabe, se tivesse uma bruxa ‘bona-fide’ aqui, e você colocasse para fora trinta hóstias, ou mil hóstias, e apenas uma delas fosse consagrada, ela saberia imediatamente qual é a consagrada, porque a hóstia consagrada é a Presença Real de Cristo! Ainda assim, nós Cristãos vamos à inúmeras reuniões e grupos de oração, passamos um tempo incontável com nossos parceiros de oração, mas não temos esse desejo de estar na presença e receber o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo!”
    Betty Brennan retornou à Igreja Católica após anos de prática de satanismo. Após ter  aprendido não somente rituais satânicos, mas magia negra envolvendo a invocação de todo tipo e espírito impuro e pestilento para executar obras e magia em nome de Satanás.
    Enquanto bruxa satanista Brennan relata que sequer podia suportar estar fisicamente na Igreja no momento da consagração da Hóstia. Segundo seu depoimento, ela teria que se retirar imediatamente de qualquer ambiente onde fosse executado o milagre da Transubstanciação, a Consagração. Brennan vivia uma vida dupla e fingia ser Cristã, e por isso, ás vezes tinha que frequentar a Igreja, pois até mesmo seu marido desconhecia seu envolvimento com o oculto.
    Após sua conversão, que ocorreu com a ajuda de um sacerdote Católico, que desconfiado dos eventos estranhos que sucediam na Santa Missa (Betty, algumas vezes usando suas habilidades satânicas e ajudada pelo inimigo de Cristo, tentava impedir que a Missa fosse celebrada) quando ela estava presente, ajudou-a a se libertar do mal que a dominara.
    Depois de um longo período de conversão, arrependimento e expiação, Betty Brennan hoje atua como auxiliar do Sacerdote exorcista oficial da Santa Igreja nos EUA. Ela ajuda nos rituais de exorcismo executados pela Igreja Católica Americana, devido ao seu profundo conhecimento dos mais diversos espíritos malignos que possuem almas humanas. Além disso, ela viaja pelo mundo contanto sobre sua terrível experiência como serva do Diabo e seu retorno à Cristo!

    A Sagrada Eucaristia, Jesus conosco há 2,000 anos
    Século l: São Paulo deu testemunho a estas palavras de Cristo: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha” (l Cor 11,26).
    Ao longo dos séculos, sempre que a presença real de Jesus foi questionadA, a Igreja continuou a afirmar a verdade de que no Sacramento da Santíssima Eucaristia “o Corpo e o Sangue, juntamente com a alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, portanto, todo o Cristo está verdadeira, real e substancialmente contido.” (Catecismo da Igreja Católica, 1374; Concílio de Trento 1551: DS 1651).
    Século 20: “O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício Eucarístico  é “fonte e ápice da vida cristã. ‘Pois a Santíssima Eucaristia contém a riqueza espiritual da Igreja inteira: o pão o próprio Cristo, nossa páscoa e pão vivente. Através de sua própria carne, agora feita de vida e vivificante pelo Espírito Santo, ele oferece aos homens a vida. “Consequentemente, o olhar da Igreja volta-se continuamente ao seu Senhor, presente no Sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor “(Papa João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, 1).
    Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
    Fonte: http://baixadacatolica.blogspot.com.br/

    Exorcista responde: um católico pode participar de culto protestante?


    Padre-Jose-Fortea-Livres-de-todo-Mal-300x202 
    Padre José Fortea

    Amor Mariano:
    Segue resposta, do questionamento acima, para os católicos perceberem duas coisas. Primeiro, o ensino da Igreja Católica explicado pelo padre exorcista, que atua dentro do Vaticano. Segundo, essa matéria foi publicada no site da Canção Nova, assim consolida-se a visão de que a mesma comunidade entrou de fato numa apostasia, ao transmitir culto protestante realizado dentro de suas dependências.
    O que nos diz, os  atuais diretores da comunidade, hein, Luzia Santiago, Wellington Jardim e demais ????
    A verdade em que acreditamos…
    Quem nos ajudará nesta questão é Padre José ForteaExorcista espanhol, e responsável por acompanhar um dos casos mais graves de possessão diabólica da Espanha.
    Então vamos a resposta:
    ” Que um católico se separe da Igreja Católica, é um pecado muito grave. A maior parte dos irmão separados estão de boa fé em suas seitas, ou por haverem nascidos já nelas, ou então por sua pouca formação foram de alguma forma seduzidos.
    Por isso o nosso amor a Santa Igreja Católica, não nos leva a não amar os irmãos separados. Pelo contrário, não há nenhum inconveniente em reconhecer as coisas boas que eles fazem. Mas porque amamos nossos irmão separados, isso não nos impede que reconheçamos que Jesus fundou uma só Igreja, a única e verdadeira Igreja que veio desde o tempo dos Apóstolos, e que é a Santa Igreja Católica.
    Portanto um católico não deve ir a grupos de oração ou a cultos protestantes, e muito menos a outros tipos de cultos, ou reuniões de oração que não sejam cristãos.

    Estes grupos fazem um grande bem aos nossos irmãos que não estão em comunhão com a Igreja Católica, mas podem colocar em risco de se perder a fé verdadeira para aqueles católicos que queiram participar.
    Acredito que tenha ficado bem claro a resposta do Padre Fortea! Não podemos misturar as coisas, não podemos correr o risco de nos deixar levar por ensinamentos que não fazem parte daquilo que acreditamos.
    Aceitamos as pessoas, as queremos bem, as amamos, mas não misturamos a nossa fé.
    Deus abençoe você!

    Fonte: http://blog.cancaonova.com/livresdetodomal/um-catolico-pode-participar-de-um-culto-protestante/

    Sola Scriptura: a farsa desmascarada PARTE 09



    O testemunho da Igreja primitiva depõe contra a Sola Scriptura
    Uma outra prova incontestável de que a Sola Scriptura jamais foi usada pelos primeiros cristãos é a sua total ausência nos escritos dos Pais da Igreja. E o pior: a Sola Scriptura não só está ausente dos antigos escritores como também esses Pais contradizem totalmente essa doutrina.
    Se a Sola Scriptura fosse verdadeira, ao verificarmos os escritos dos Pais da Igreja ali a acharíamos. No entanto, não achamos lá nada que insinue a doutrina. O que acharemos é eles defendendo a Fé baseando-se nas Escrituras e no ensino oral dos apóstolos, como também reconhecendo a autoridade interpretativa da Igreja, e isso logicamente depõe contra a Sola Scriptura. A Sola Scriptura exige SOMENTE a Escritura e nega a autoridade da Igreja e da Tradição. Percorramos, porém, os escritos dos antigos Pais e vejamos que testemunho quanto a isso eles nos deixam:
    Recomendamos ao leitor que a cada testemunho patrístico lido se pergunte: diria isso tal pai da Igreja, se ele cresse que a Escritura é mesmo a única regra de fé?
    São Clemente de Roma (+100) disse-nos: “Devido às repentinas e repetidas calamidades e desventuras que se têm abatido sobre nós, precisamos reconhecer que tardamos um pouco em voltar nossa atenção para os assuntos de disputas entre vocês, amados; e especialmente a abominável e ímpia rebelião, alienígena e estrangeira aos eleitos de Deus, que umas pessoas temerárias e rebeldes inflamaram a tal loucura que o seu nome venerável e ilustre, digno de ser amado por todos os homens, têm sido difamado. ” (Carta aos Coríntios, Palestra, 80 D.C).
    Ainda na mesma carta, diz ele: “Se, porém, alguns não obedecerem ao que foi dito por nós, saibam que se envolverão em pecado e perigo não pequeno” (Carta aos Coríntios 59,1).
    Diz ainda o santo: “Aceitem o nosso conselho e não terão nada a lamentar.” (Carta aos Coríntios 58,2).
    Escreve ainda ele: “Sigamos a gloriosa e veneranda norma da nossa tradição.”
    S. Clemente aqui explicitamente reconhece a Tradição e o Magistério da Igreja.
    S. Inácio de Antioquia, martirizado no ano 107, conforme o historiador Eusébio de Cesaréia, “Advertia, antes de tudo, as igrejas das diversas cidades, que evitassem, sobre todas as coisas, as heresias que começavam então a se alastrar e exortava-as a se aterem tenazmente à Tradição dos Apóstolos” (Euséb., Hist. Eccles., 3, 36 / MG, 20, 287); “Antes exortei-vos a vos conservardes unânimes na doutrina de Deus, pois Jesus Cristo nossa vida insepar-vel, é a doutrina do Pai, como a doutrina de Jesus Cristo são os bispos constituídos nas diversas regiões da terra” (S. Inácio, in Ad Ephesios, 3-4).
    “Onde quer que o Bispo apareça, deixe o povo estar; assim como onde quer que Jesus Cristo esteja, lá está a Igreja Católica.” (Sto Inácio. Carta aos Cristãos de Esmirna 8,1).
    “De maneira semelhante, que todos respeitem os diáconos como eles respeitariam Jesus Cristo, e assim como eles respeitam o Bispo como uma tipologia do Pai, e os presbíteros como o Concílio de Deus e o colégio dos apóstolos. Sem estes, não se pode chamar de uma Igreja.” (Sto. Inácio. Carta aos Trallians 3,1).
    Não há dúvida, nesses comentários Sto. Inácio aponta para a autoridade do Magistério eclesiástico e para a Tradição.
    S. Policarpo de Esmirna, discípulo de S. João Evangelista (+156) chama a Tradição de “a palavra que nos foi transmitida desde o princípio.” (Filip. 7,2; cfr. 3,2; 4,2). No capítulo XI, na carta a Diogneto tem-se: ”Desde que me tornei discípulo dos apóstolos, sou doutor do povo. O que me foi transmitido, ofereço-o aos discípulos, que são dignos da verdade.”
    Veja também o testemunho de Sto. Irineu de Lião (+202): “Quando são [os gnósticos] vencidos pelos argumentos tirados das Escrituras retorcem a acusação contra as próprias Escrituras, (…) E quando, por nossa vez, os levamos à Tradição que vem dos apóstolos e que é conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõem à tradição.” (Contra as Heresias 2,1-2 Livro III).
    Sto. Irineu também disse: “(…) Mas, quando os hereges acusam as Escrituras, como se as mesmas estivessem erradas, fossem desautorizadas, mutantes e como se nelas não pudessem encontrar qualquer verdade por aqueles que são ignorantes na Tradição… E, quando em desafio, nós lhes apontamos a mesma Tradição, que nos veio dos apóstolos, que é resguardada pela sucessão dos antigos nas igrejas, eles se opõem a esta Tradição, julgando-se mais sábios, não somente do que os antigos, mas, igualmente, do que os apóstolos.” (Contra as Heresias)
    “Sob Clemente, havendo nascido forte discórdia entre os irmãos de Corinto, a Igreja de Roma escreveu-lhes uma carta enérgica, exortando-os à paz, reparando-lhes a fé, e anunciando-lhes a Tradição que havia pouco tinham recebido dos apóstolos” (Contra as Heresias 3, c.3,n.3) ; “Aí está claro, a quantos querem ver a verdade, a tradição dos apóstolos, manifesta em toda a Igreja disseminada pelo mundo inteiro…”(Contra as heresias 3, 3, 1); “Não devemos buscar nos outros a verdade que é fácil receber da Igreja, pois os apóstolos a mãos cheias, versaram nela, como em riquíssimo depósito, toda a verdade… Este é o caminho da vida” (Idem, In Contra as heresias 3, 4, 1); “E se os apóstolos não nos houvessem deixado as Escrituras, não cumpria seguir a ordem da Tradição por eles ensinada a quem confiavam à sua Igreja? Esta norma é seguida por muitos povos bárbaros que creem em Cristo sem papel e sem tinta, enquanto possuem a mensagem da salvação, escrita em seu coração pelo Espírito Santo e ciosamente conservam a antiga Tradição.” ( Idem, In contra as heresias 3, 4,1)
    Santo Irineu na mesma obra escreveu: “Desde então, a mesma Tradição dos apóstolos existe na Igreja, e permanece conosco (…). “ (Contra as Heresias 3,5,1)
    O mesmo Sto. Irineu ainda disse: “Portanto, a Tradição dos apóstolos, que foi manifestada no mundo inteiro, pode ser descoberta e toda igreja por todos os que queiram ver a verdade. Poderíamos enumerar aqui os bispos que foram estabelecidos nas igrejas pelos apóstolos e seus sucessores até nós; e eles nunca ensinaram nem conheceram nada que se parecesse com o que essa gente [os hereges] vai delirando. [...] Mas visto que seria coisa bastante longa elencar numa obra como esta, as sucessões de todas as igrejas, limitar-nos-emos à Tradição da maior e mais antiga e conhecida por todos, à igreja fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos, Pedro e Paulo, e, indicando a sua tradição recebida dos apóstolos e a fé anunciada aos homens, que chegou até nós pelas sucessões dos bispos, refutaremos todos os que de alguma forma, quer por enfatuação ou vanglória, que por cegueira ou por doutrina errada, se reúnem prescindindo de qualquer legitimidade. Com efeito, deve necessariamente estar de acordo com ela, por causa da sua origem mais excelente, toda a igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares, porque nela sempre foi conservada, de maneira especial, a tradição que deriva dos apóstolos.” (Contra as Heresias, III,3,1-2). Grifos nossos.
    Disse ainda o santo:”A mensagem da Igreja é, portanto, verídica e sólida, pois é nela que um único caminho de salvação aparece no mundo inteiro” (Contra as Heresias 5,20,1).
    Aqui, Sto. Irineu não só reconhece a autoridade da Tradição dos apóstolos como testemunha a favor do Primado da Igreja de Roma.
    Tertuliano de Cartago (+220) também afirmou: “A crença uniformemente professada por diversas comunidades não deriva do erro, mas da legítima Tradição”. É dele ainda as palavras: “De nada vale as discussões das Escrituras. A heresia não aceita alguns de seus livros, e se os aceita, corrompe-lhes a integridade, adulterando-os com interpolações e mutilações ao sabor de suas ideias, e se, algumas vezes admitem a Escritura inteira, pervertem-lhe o sentido com interpretações fantásticas…” (Tertuliano séc 3 In De Praescriptionibus., c. 19 / ML, II,31). Na mesma obra, Tertuliano assevera que onde estiver a verdadeira Igreja, “aí se achará a verdade das Escrituras, da sua interpretação e de todas as tradições cristãs” (Idem, De Praescript., c. 19 ML, 2, 31).
    “… Resta, pois, demonstrar que nossa doutrina, cuja regra formulamos acima, procede da tradição dos apóstolos e, por isso mesmo, as demais procedem da mentira. Nós estamos em comunhão com as igrejas apostólicas, se nossa doutrina não difere da sua: eis o sinal da verdade” (Tertuliano, Da Prescrição dos Hereges, XIII-XX).
    S. Clemente de Alexandria (+215), dizia: “Mas ele, salvaguardando a verdadeira Tradição dos ensinamentos abençoados, que nos vêm direto dos apóstolos Pedro, Tiago, João e Paulo e foram transmitidos de pai para filho, chegara até nós, com a ajuda de Deus para que em nós fossem depositadas as sementes destes apóstolos.” (Stromata 1, 11). Grifos nossos.
    “Para nós,… que crescemos com as Escrituras, que preservamos a correta doutrina dos apóstolos e da Igreja, que vivemos de acordo com o Evangelho, é nos permitido descobrir as provas da Lei e dos Profetas que eles tanto buscam.” (Stromata, 7, 104). Grifos nossos.
    Hipólito de Roma (+235) dizia: “Justamente por não observarem as Sagradas Escrituras e não guardarem a Tradição de algumas santas pessoas é que os hereges criaram essas [ímpias] doutrinas” (Refutação de Todas as Heresias 1, Prefácio).
    Orígenes de Alexandria (+253) firma como princípio “que só se deve crer nas verdades ligadas às tradições eclesiástica e apostólica” (De princ. Prae., 2).
    “Esta pedra é inacessível às serpentes, é ela é mais forte que os portões do inferno em oposição, é por causa disso que as forças dos portões do Hades não prevalecerão contra ela; mas a Igreja, como uma construção feita pelo próprio Cristo construindo sua morada, é incapaz de admitir que os portões do Hades prevaleçam sobre qualquer um que esteja fora desta pedra, mas não possui forças para tal” (Orígenes, Sobre Mateus,12,11).
    Orígenes disse também: “Quando hereges nos mostram as Escrituras canônicas – nas quais o cristão crê e confia – parecem dizer: ‘Oh, ele está restrito’. Contudo, não cremos neles, nem abandonamos a Tradição original da Igreja, nem acreditamos em outras coisas que não nos foram trazidas pela sucessão existente na Igreja de Deus” (Homilia sobre Mateus 4,6).
    S. Cipriano de Cartago (+258) também dizia: “Depois de tudo isto, eles ainda, tendo um falso bispo que hereges lhes ordenaram, atreveram-se a selar e carregar cartas de pessoas cismáticas e profanas para a Cátedra de Pedro (que é) a Igreja principal, de onde surge a unidade do pastoreio. Eles não refletiram que os romanos são os mesmos cuja fé foi louvada publicamente pelos apóstolos, e aos quais a descrença jamais terá acesso.” (Epist. 59,14). Grifos nossos.
    “Julga conservar a fé quem não conserva esta unidade recomendada por Paulo? (Ef 4,4-6). Confia estar na Igreja quem abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está fundada a Igreja?” (S. Cipriano).
    É de S. Cipriano ainda o seguinte: “A Esposa de Cristo não pode tornar-se adúltera, ela é incorruptível e casta [Cf Ef 5,24-31]. Conhece só uma casa, observa, com delicado pudor, a inviolabilidade de um só tálamo. É ela que nos guarda para Deus e torna partícipes do Reino os filhos que gerou. Aquele que, afastando-se da Igreja, vai juntar-se a uma adúltera, fica privado dos bens prometidos à Igreja. Quem abandona a Igreja de Cristo não chegará aos prêmios de Cristo. Torna-se estranho, torna-se profano, torna-se inimigo. Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe. Como ninguém se pôde salvar fora da arca de Noé, assim ninguém se salva fora da Igreja.” (Sobre a unidade da Igreja, cap. 4). Diria isso S. Cipriano se ele fosse solascripturista?
    Lactâncio, convertido no ano 300, disse: “Só a Igreja Católica é que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; este o domicílio da fé, o templo de Deus, no qual se alguém não entrar, do qual se alguém sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (livro 4º cap. 3º).
    Veja o testemunho de Eusébio (+ ou – 317), Bispo de Cesareia e historiador da Igreja nos tempos primitivos: “[Os apóstolos] Anunciaram o reino dos céus a todo orbe habitado, sem a menor preocupação de escrever livros. Assim procediam porque lhes cabia prestar um serviço maior e sobre-humano. Até Paulo, o mais potente de todos na preparação dos discursos, o mais dotado relativamente aos conceitos, só transmitiu por escrito breves cartas, apesar de ter realidades inúmeras e inefáveis a contar [...] Outros seguidores de nosso Salvador, os primeiros apóstolos, os setenta discípulos e mil outros mais não eram inexperientes das mesmas realidades. Entretanto, dentre eles todos, somente Mateus e João deixaram memória dos entretenimentos do Salvador. E a Tradição refere que estes escreveram forçados pela necessidade. [...] Quanto a João [o apóstolo], diz-se que sempre utilizava o anúncio oral. Por fim, também ele pôs-se a escrever pelo seguinte motivo. Quando os três evangelhos precedentes já se haviam propagado entre todos os fiéis e chegaram até ele, recebeu-os, atestando sua veracidade. Somente careciam da história das primeiras ações de Cristo e do anúncio primordial da palavra. E trata-se de verdadeiro motivo.” (História Eclesiástica Livro III, 24,3-7. Eusébio de Cesareia) Depois, Eusébio nos remete a uma imensa lista de autores e seus respectivos livros, pelos quais deixaram para a memória cristã a autêntica pregação apostólica.
    “A Clemente [3º sucessor de São Pedro na Cáthedra de Roma] sucedeu Evaristo; a Evaristo, Alexandre, depois, em sexto lugar desde os apóstolos, foi estabelecido Xisto; logo, Telésforo, que prestou glorioso testemunho; em seguida, Higino; após este, Pio, e depois, Aniceto. Tendo sido Sotero o sucessor de Aniceto, agora detém o múnus episcopal Eleutério, que ocupa o duodécimo lugar na sucessão apostólica. Em idêntica ordem e idêntico ensinamento na Igreja, a tradição proveniente dos apóstolos e o anúncio da verdade chegaram até nós.” (História Eclesiástica Livro V, 6,4-5. Eusébio de Cesareia).
    Veja a observação de Eusébio quanto à degeneração doutrinária das seitas: “Extinguiram-se, pois rapidamente as maquinações dos inimigos, confundidas pela atuação da Verdade. As heresias, uma após outras, apresentavam inovações; as mais antigas continuamente desvaneciam e desvirtuavam-se, de diferentes modos, para dar lugar a idéias diversas e variadas. Ao invés, ia aumentando e crescendo o brilho da única verdadeira Igreja católica, sempre com a mesma identidade, e irradiando sobre gregos e bárbaros o que há de respeitável, puro, livre, sábio, casto em sua divina conduta e filosofia. [...] Além do mais, na época de que tratamos, a verdade podia apresentar numerosos defensores, em luta contra as heresias ateias, não somente através de refutações orais, mas também por meio de demonstrações escritas.” (História Eclesiástica Livro IV, 7,13.15. Eusébio de Cesareia, + ou – 317 d.C).
    S.Gregório de Nissa (+340) testemunhava: “Se um problema é desproporcional ao nosso raciocínio, o nosso dever é permanecer bem firmes e irremovíveis na Tradição que recebemos dos Padres” (- Quod non sint tres dii, MG 45,117).
    Veja o que Santo Atanásio de Alexandria (+373) ensinava: “Mas nossa fé é correta, começando com o ensinamento do apóstolos e Tradição dos padres, sendo confirmada por ambos os Testamentos.” (Epis 60). Grifos nossos.
    Esse grande Padre da Igreja ainda dizia: “Mas depois do demônio, e com ele, vêm todos os que inventam heresias ilegais, que muito embora se refiram à Escritura, não mantém as mesmas opiniões que os Santos transmitiram, e, não as conhecendo nem ao seu poder, recebem tradições de homens caindo em erro.” (Festal Letter 2)
    “Estamos de acordo com o fato de que este não é o ensinamento da Igreja Católica, nem os pais o sustentam”. (S. Atanásio, A Epicleto, Epístola 59,3).
    Como se vê Santo Atanásio não só conservava a Tradição como também cria no Magistério da Igreja. Dizia ele ainda: “A confissão chegada a Nicéia era, afirmamos, mais suficiente e bastante a si mesma para a subversão de toda heresia contrária à religião, e para a segurança e desenvolvimento da doutrina de Cristo.” (Ad Afros 1) “Mas a Palavra de Deus que veio através do Sínodo Ecumênico de Nicéia, permanece para sempre”. (Ad Afros 2) “Eles não cometem um crime ao pensar que podem contradizer Concílio tão grande e universal?” (De decretis 4) E como sabemos, o referido Concílio professava: “Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica”.
    Veja isto ainda: “Mas o que também é importante, deixe-nos notar que a própria Tradição, ensinamento e fé da Igreja Católica desde o começo, que foi dada pelo Senhor, foi pregada pelos apóstolos e preservada pelos Pais. Nisso foi fundada a Igreja; se alguém se afasta disso, ele não é e nem deveria mais ser chamado Cristão.” (Santo Atanásio, Cartas a Serapião de Thmuis, 1,28-).
    Veja agora S. Basílio de Cesareia (+380): “Meta comum de todos os adversários, inimigos da sã doutrina, é abalar o fundamento da fé em Cristo, arrasando, fazendo desaparecer a Tradição apostólica. Por isso, eles, aparentando ser detentores de bons sentimentos, recorrem a provas extraídas das Escrituras, e lançam para bem longe, como se fossem objetos vis, os testemunhos orais dos Padres.” (Tratado sobre o Espírito Santo, Cap 25).
    Disse ainda o santo: “Um dia inteiro não nos bastaria se quiséssemos expor os mistérios da Igreja que não constam das Escrituras. Deixando de lado tudo mais, pergunto de quais passagens retiramos a profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Se a extraímos da tradição batismal, de acordo com a piedade (pois devemos crer segundo a maneira como fomos batizados), para entregarmos uma profissão batismal, essencial ao batismo, consequentemente nos seja permitido também glorificar conforme nossa fé. Mas, se esta forma de dar glória nos é recusada, por não constar das Escrituras, sejam-nos mostradas provas escritas da profissão de fé e de todo o restante, que enumeramos. Desde que há tantas coisas que não foram escritas, e coisas tão importantes para o mistério da piedade, ser-nos-á recusada uma só palavra, proveniente dos Pais, que nós vemos persistir por um uso espontâneo nas Igrejas isentas de desvios, uma palavra muito razoável, e que muito contribui para a força do mistério?” (Tratado sobre o Espírito Santo. Cap 67.).
    Diz ele ainda: “Entre as verdades conservadas e anunciadas na Igreja, umas nós as recebemos por escrito e outras nos foram transmitidas nos mistérios, pela Tradição apostólica. Ambas as formas são igualmente válidas relativamente à piedade. Ninguém que tiver, por pouco que seja, experiência das instituições eclesiásticas, há de contradizer. De fato, se tentássemos rejeitar os costumes não escritos, como desprovidos de maior valor, prejudicaríamos imperceptivelmente o evangelho, em questões essenciais. Antes, transformaríamos o anúncio em palavras ocas.” (Tratado sobre o Espírito Santo. Cap 66.).
    Nos dois escritos Contra Eunômio (1,1-3) e Sobre o Espírito Santo (29, 71), diz outra vez o santo: “Considero apostólica a firme adesão às tradições que não estão contidas na Escritura” (Cfr. 27,66; Migne, 32,188).
    Sto Ambrósio de Milão (+397) afirmava: “Mas, se eles não acreditam na Doutrina dos Padres, que acreditem nos oráculos de Cristo, nas admoestações dos anjos que dizem ‘para Deus nada é impossível’. Que acreditem no Credo apostólico que a Igreja de Roma sempre manteve intacto.”
    “Ao despontar do dia que fora escolhido para a disputa com Simão [Mago], Pedro [Apóstolo], levantando-se aos primeiros cantos do galo, despertou também a nós; todos juntos, éramos treze a dormir no mesmo aposento. [...] À luz da candeia [...] sentamo-nos todos. Pedro, vendo-nos alertas e bem atentos, saudou-nos e começou seu discurso: ‘É surpreendente, irmãos, a elasticidade de nossa natureza, a qual me parece ser adaptável e maleável a tudo. Digo-o apelando para o eu mesmo tenho experimentado. Logo depois da meia-noite, costumo acordar espontaneamente e não consigo voltar a dormir. Isto me acontece porque me habituei a evocar em minha memória as palavras que ouvi de meu Senhor Jesus Cristo. Desejo de as revolver no espírito, incito o meu ânimo e a minha mente a se despertarem, a fim de que, em estado de vigília, recorde cada palavra de Jesus em particular e as guarde todas ordenadamente na memória. Já que desejo com profundo deleite meditar no meu coração as palavras do Senhor, adquiri o hábito de ficar em vigília, mesmo que nada, fora deste intento, me preocupe o espírito” (Pseudo-Clemente, século III, Recognitiones II,1).
    São João Crisóstomo (354-407): também expressava: “Dessa forma, irmãos, fiquem firmes e guardem as tradições que lhes foram ensinadas, seja por palavra ou por carta. Isso deixa claro que eles não transmitiram tudo por carta, mas que havia muita coisa também que não foi escrita. Como a que foi escrita, a não escrita também é digna de crédito. Então vamos considerar a tradição da Igreja como sendo digna de crédito. Isto é uma tradição? Não procure outra coisa.” (Homilias sobre a 2ª Epístola aos Tessalonicenses 4,2).
    Dizia ainda o santo: “Não te afaste da Igreja: nada é mais forte que ela. Ela é a tua esperança, o teu refúgio. Ela é mais alta que o céu e mais vasta que a terra. Ela nunca envelhece”.
    S. Epifânio de Salamina (+403) apresenta a Tradição como um complemento da Bíblia: “Também a Tradição é necessária, pois que nem tudo se pode tirar da Escritura; os apóstolos deixaram-nos uma parte de seu ensinamento nas Escrituras, os demais acha-se nas tradições” (Haer. 41,6; Migne, 41, 1047).
    S. Epifânio falou também: “A Igreja deve guardar este costume, recebido como tradição dos Pais. E quem haverá de suprimir o mandato da mãe ou a lei do pai? Conforme o que diz Salomão, ‘tu, filho meu, escuta as correções de teu pai e não rejeites as advertências da tua mãe’. Com isto, se ensina que o Pai, o Deus unigênito e o Espírito Santo, tanto por escrito como sem escritura, nos deram doutrinas, e que nossa Mãe, a Igreja, nos legou preceitos, os quais sãos indissolúveis e definitivos” (Haer. 75,8).
    S. Jerônimo (+420) também dissera: “Você quer uma prova da Escritura? Poderá encontrar nos Atos dos Apóstolos. E se não restar provado com a autoridade da Escritura, o consenso de todo o mundo (=isto é, da Igreja Católica) sobre esse assunto serve como força de comando” (Diálogo com os Luciferanos 8).
    Veja o que dizia Sto. Agostinho de Hipona (+433): “Eu não creria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja católica.” (Contra a Carta de Mani 5,6) Obviamente isso é o mesmo que dizer: “Creio na Bíblia porque a Igreja me manda crer”.
    “Mas com relação àquelas observâncias que seguimos cuidadosamente e que o mundo todo mantém, e que não vêm da Escritura, mas da Tradição, é-nos concedido compreender que foi ordenado e recomendado que a guardássemos seja pelos próprios apóstolos, seja pelos Concílios plenários, a autoridade que é tão vital para a Igreja.” (Carta de Agostinho para Januário 54,1,1, 400 D.C).
    “Acredito que esta prática venha da tradição apostólica, assim como tantas outras práticas não encontradas nos escritos deles nem nos concílios de seus sucessores, mas que, porque são observadas por toda a Igreja em todos os lugares, acredita-se que tenham sido confiadas e concedidas pelos próprios apóstolos.” (Sto. Agostinho, Batismo 1,12,20, 400 D.C.)
    “Eles guardaram o que encontraram na Igreja; o que lhes foi ensinado, ensinaram; o que receberam dos pais, transmitiram aos filhos.” (Santo Agostinho, Contra Juliano, 2,10,33, 421 D.C).
    “Assim pelo favor de Cristo somos Cristãos católicos:” (Santo Agostinho, Carta a Vitalis, 217,5,16, 427 D.C.).
    “Vocês nasceram pela mesma palavra, pelo mesmo Sacramento, mas não obterão a mesma herança de vida eterna, a menos que retornem para a Igreja Católica.” (S. Agostinho, Sermões, 3, 391 D.C).
    “Esta Igreja é santa, a única Igreja, a verdadeira Igreja, a Igreja Católica, lutando como o faz contra todas as heresias. Ela pode lutar, mas não pode ser vencida. Todas as heresias são expelidas dela, como galhos inúteis são podados de uma vinha. Ela permanece fixa à sua raiz, em sua vinha, em seu amor. As portas do inferno não a conquistarão.” (S. Agostinho, Sermão aos Catecúmenos sobre o Credo, 6,14, 395 D.C).
    “Um homem Cristão, é Católico enquanto vive no Corpo, separado é um herético, o Espírito não segue a um membro amputado.” (Santo Agostinho)
    Dizia ainda o santo: “Deve ser seguida por nós aquela religião cristã, a comunhão daquela Igreja que é CATÓLICA, e Católica é chamada não só pelos seus, mas também por todos os inimigos.” (Verdadeira Religião c. 7; n 12).
    “É óbvio que se a fé permite e a Igreja Católica aprova, então deve ser crido como verdade” (Santo Agostinho, Sermão 117,6).
    “Roma locuta, causa finita est”, ou seja, “Roma falou, acabou-se a questão”. (S. Agostinho, Sermão 131,10).
    S. Vicente de Lerins, (+450) “Perguntando eu com toda a atenção e diligência a numerosos varões, eminentes em santidade e doutrina, que norma poderia achar segura, enquanto possível genérica e regular, para distinguir a verdade da fé católica da falsidade da heresia, eis a resposta constante de todos eles: quem quiser descobrir as fraudes dos hereges nascentes, evitar seus laços e permanecer sadio e íntegro na sadia fé, há de resguardá-la, sob o auxílio divino, duplamente: com a autoridade da Lei Divina e com a Tradição da Igreja Católica. Sem embargo, alguém poderia objetar: Posto que o Cânon das Escrituras é em si mais que suficientemente perfeito para tudo, que necessidade há de se acrescentar a autoridade da interpretação da Igreja? Precisamente porque a Escritura, por causa de sua mesma sublimidade, não é entendida por todos de modo idêntico e universal. De fato, as mesmas palavras são interpretadas de maneira diferente por uns e por outros. Se pode dizer que tantas são as interpretações quantos são os leitores. Vemos, por exemplo, que Novaciano explica a Escritura de um modo , Sabélio de outro, Donato, Eunomio, Macedônio, de outro; e de maneira diversa a interpretam Fotino, Apolinar, Prisciliano, Joviano, Pelágio, Celestino, e em nossos dias, Nestório. É pois, sumamente necessário, ante as múltiplas e arrevesadas tortuosidades do erro, que a interpretação dos Profetas e dos Apóstolos se faça seguindo a pauta do sentir católico. Na Igreja Católica deve-se ter maior cuidado para manter aquilo em que se crê em todas as partes, sempre e por todos. Isto é verdadeira e propriamente católico, segundo a ideia de universalidade que se encerra na mesma etimologia da palavra. Mas isto se conseguirá se nós seguimos a universalidade, a antiguidade e o consenso geral. Seguiremos a universalidade se confessamos como verdadeira e única fé a que a Igreja inteira professa em todo o mundo; a antiguidade, se não nos separamos de nenhuma forma dos sentimentos que notoriamente proclamaram nossos santos predecessores e pais; o consenso geral, por último, se, nesta mesma antiguidade, abraçamos as definições e as doutrinas de todos, ou de quase todos, os Bispos e Mestres.” (Commonitorium).
    S. João Damasceno (+749) assim se expressou: “Se alguém se apresentar com um Evangelho diferente daquele que a Igreja Católica recebeu dos Santos Apóstolos, dos Padres e dos Concílios, e que ela conservou até aos nossos dias, não o escuteis” (Discurso sobre as Imagens 3,3).
    Tudo isso já basta para demonstrarmos que os primeiros cristãos sempre acataram realmente a autoridade da Igreja e da Tradição. Do contrário, as afirmações atrás citadas não seriam feitas.
    Outra prova incontestável de que a Igreja primitiva não acreditava na Sola Scriptura é que os credos primitivos sempre dizem: “Creio na Santa Igreja Católica” e não simplesmente “Creio na Santa Escritura”. Além disso, o fato de os primeiros bispos da Igreja redigirem Cartas Apostólicas constitui outra incontestável prova de que eles não acreditavam na Sola Scriptura, pois senão ficariam apegados tão somente à Escritura. Além disso, se a Sola Scritptura é verdadeiramente uma doutrina apostólica, porque não é aceita pelos Cristãos Coptas do Egito (que se separaram da Igreja Católica há quase 1500 anos) e pelos cristãos Ortodoxos (que se separaram da Igreja Católica há quase 1000 anos)? Se, conforme os solascripturistas, a Tradição só foi validada pela Igreja no século XVI, por que, então, essas Igrejas que se separaram da Igreja Católica muito antes desse século, também a conservam como regra de fé? É impossível que eles tenham se dobrado a uma decisão da Igreja Romana. Não acha?
    Como se vê, a Sola Scriptura está longe de ter sido uma doutrina de fé dos apóstolos. Ela estava totalmente ausente nos primórdios do Cristianismo. É uma criação recente e, portanto, alheia a fé dos pimeiros cristãos.
    Além dos escritos patrísticos a respeito veja também testemunhos de alguns próprios evangélicos sobre o assunto:
    Heiko Oberman, historiador protestante, afirma: “Em relação à Igreja pré-augustiniana, há recentemente uma tendência convergente entre os estudiosos da Bíblia de que a Escritura e a Tradição na Igreja Primitiva não eram excludentes: kerygma, Escritura e Tradição coincidiam perfeitamente.
    A Tradição não deve ser entendida como uma adição ao kerygma, mas como a sua pregação de forma viva: em outras palavras, tudo que é encontrado na Sagrada Escritura está presente na Tradição.
    Ela está presente no corpo visível de Cristo, inspirado e vivificado pela obra do Espírito Santo… A Escritura e a Tradição derivam de uma única fonte: a Palavra de Deus. Somente na Igreja este kerygma pode ser transmitido sem falhas…” (The Harvest of Medieval Theology, Grand Rapi-ds, MI: Eerdmans, rev. ed., 1967, 366-367)
    Jaroslav Pelikan, historiador luterano, afirma: “Claramente há um anacronismo em supor que as discussões dos séculos 2 e 3 derivam das controvérsias do século 16 em relação à Escritura e Tradição, pois ‘na Igreja ante-nicena não havia a noção de Sola Scriptura, como também não havia a Sola Traditio.’[1]
    A Tradição apostólica era pública… tão palpável que mesmo se os apóstolos não estivessem com a Escritura em mãos para demonstrar uma norma de suas doutrinas, a igreja ainda assim seguiria ‘a estrutura da tradição que eles traziam a quem confiaram às igrejas’[2]. Isto foi, de fato, o que a igreja fez nos territórios bárbaros onde o material escrito não era disponível aos ouvintes, conservando o conteúdo da fé transmitida pelos apóstolos e sumarizada no credo…
    O termo “regra de fé” ou “regra de verdade”… parece algumas vezes ter pertencido à Tradição, outras à Escritura, outras à mensagem do Evangelho…
    Na Reforma… os advogados da autoridade final das Escrituras ignoraram a função da Tradição em conservar o que se conhecia como correta exegese das Escrituras contras as alternativas heréticas.” (The Christian Tradition: A History of the Development of Doctrine: Vol. 1 of 5: The Emergence of the Catholic Tradition (100-600), Chicago: Univ. of Chicago Press, 1971, 115-117, 119; citações: [1]. In Cushman, Robert E. & Egil Grislis, eds., The Heritage of Christian Thought: Essays in Honor of Robert Lowry Calhoun, New York: 1965, citado em Albert Outler, “The Sense of Tradition in the Ante-Nicene Church,” 29. [2]. St. Irineu, Contra as Heresias, 3:4:1).
    Edwin Tait, anglicano, escreveu: “Com certeza os Padres ensinaram que podiam provar suas conclusões a partir da Bíblia. Também ensinaram que a comunhão dos bispos sucessores dos apóstolos, reunidos em Concílio (com Roma tendo algum papel, o qual não pretendo abordar aqui), seriam os responsáveis pela correta interpretação da Bíblia. Todo este debate sobre a Sola Scriptura somente se tornou realidade quando um número considerável de cristãos começaram a afirmar que os bispos reunidos em Concílio haviam errado na interpretação bíblica durante vários séculos. Ambos os lados podem recorrer aos Pais, porque os Pais nunca ensinaram sobre a suficiência bíblica e a autoridade da Igreja/Tradição em discordância.”
    É lógico que algumas expressões dos Pais da Igreja que parecem favorecer a Sola Scriptura precisam ser lidos à luz de tudo o que até agora foi exposto sobre os dizeres deles. Não é por falarem da Escritura como autoridade de fé que vamos concluir que eles defendiam a exclusividade dessa mesma Escritura. Uma coisa não implica outra. É impossível alguém ser solas cripturista, se reconhece a autoridade da Tradição e do Magistério da Igreja. E isso ficou claríssimo nas próprias afirmações deles. Os Pais da Igreja acatavam apenas a suficiência material das Escrituras, não a formal, que como vimos, exclui a Tradição e a Igreja. Logo, fica evidente que o entendimento dos Santos padres difere totalmente do conceito reformista sobre essa suficiência das Escrituras. Sola Scriptura implica em negar a autoridade da Igreja e da Tradição e não foi isso, como vimos, que os padres ensinaram.
    Professor Evaldo Gomes