sábado, 24 de janeiro de 2015

CARTILHA DA CATEQUESE PARTE V



1.    DESAFIOS ATUAIS
  • “Hoje um dos desafios de nossa pastoral é a transmissão da fé às novas gerações (suscitar a fé), incorporar as pessoas na comunidade cristã, celebrar consciente e profundamente os sacramentos e manter e alimentar a fé recebida e professada. Para os batizados mas não evangelizados, apresenta-se o desafio de uma re-iniciação na comunidade e na vida cristã, já que o batismo os iniciou “sacramentalmente” na fé. Paralelamente, o desafio também é a luta contra o fenômeno da descristianização de grande parte da população, fomentada pelo secularismo, consumismo materialista e ideologias anticristãs”, (3ª semana brasileira de catequese, 2009).

  •  “A iniciação cristã é um desafio que devemos encarar com decisão, com coragem e criatividade, visto que em muitas partes a iniciação cristã tem sido pobre e fragmentada. Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumprimos nossa missão evangelizadora”, (DAp 287). Temos uma multidão iniciada ontologicamente na fé, mas não existencialmente.
  •  “Muitos buscam os sacramentos para si ou para seus filhos sem motivações tão claras; frequentam a Missa ou outras praticas de devoção tendo em vista alcançar graças, milagres, favores...”, (IVC 105). Outras vezes nem frequentam a comunidade e voltam a dialogar com alguém da igreja na ocasião da necessidade do sacramento: podem estar com medo, não conseguem entender porque precise uma catequese, vão atrais de lugares com menos encontros e menos burocracia. Buscam sacramentos e não vida de fé, não desejam nenhum compromisso ou responsabilidade, não querem mudar a própria vida.
  • “São muitos os cristãos que não participam da Eucaristia dominical nem recebem com regularidade os sacramentos, nem se inserem ativamente na comunidade eclesial. (...) Além disso, temos alta porcentagem de católicos sem a consciência de sua missão de ser sal e fermento no mundo, com identidade cristã fraca e vulnerável”, (DAp 286).
  • Outro desafio é compreender como os três sacramentos da iniciação Crista são uma única realidade, porque única é a ação que liberta os seres humanos das trevas e doa o espirito de filhos adotivos; única é a união a Cristo, que confere a capacidade de viver a mesma vida de doação. “Os fiéis, renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia”,(CIC 1212). O catequista da Eucaristia, não pode não dialogar com o catequista da Crisma e aquilo do Batismo: é a única iniciação cristã!
  • A nível diocesano, onde mais e onde menos, temos ainda uma evasão seja de catequistas que de crianças. É pouca a participação dos catequistas nas formações e ainda menor a participação da família na catequese. A comunidade não vive a responsabilidade do anúncio e do testemunho da fé na frente das novas gerações.
  • O desafio de uma catequese que não seja só para as crianças, uma catequese com adultos, uma catequese permanente. “Jesus evangelizou os adultos e abençoou as crianças. Nós muitas vezes fazemos o contrário”, (IVC 10). A iniciação à vida cristã de crianças e adolescentes precisa de comunidades adultas na fé, testemunhas fortes e fiéis, modelos de vida.

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