- Quinta, 08 Janeiro 2015 CNBB
Com
a chegada do Ano Novo, iniciaram-se também ações pela Paz. Em 2014, os
bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovaram,
por unanimidade durante a 52ª Assembleia Geral, o Ano da Paz. Trata-se
de um período de reflexões, orações e ações sociais, que se estenderá
até o Natal de 2015.
No dia
1º de janeiro, paróquias da arquidiocese de São Luís (MA) reuniram
fiéis para proclamar a paz. As missas começaram logo cedo, com
participação de centenas de pessoas. Outras atividades estão previstas
ao longo do ano na cidade, que pretende, ainda, contar com o engajamento
de escolas, universidades e outros setores da sociedade. Na
arquidiocese do Rio de Janeiro, também foram celebradas missas pela paz.
O arcebispo, cardeal dom Orani João Tempesta, recordou que a “alegria
nasce da paz que Cristo concede”.
“Que possamos viver este Ano da Paz com
muitas bênçãos. Atitudes, gestos concretos e sempre pedindo ao Senhor
que nos ilumine e que traga esta paz aos nossos corações, às famílias e a
todo o mundo. Que a Paz reine em
nossas fronteiras! Sejamos propagadores e testemunhas da paz, aquela paz
que vem do Senhor”, disse o cardeal Orani.
Com a
proposta do Ano da Paz, a Igreja no Brasil quer ajudar na superação da
violência e despertar para a convivência mais respeitosa e fraterna
entre as pessoas, explica o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário
geral da CNBB, dom Leonardo Steiner. “A
violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família,
da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples", pontua
dom Leonardo.
De acordo com os últimos dados do Mapa
da Violência, mais de 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em
2012. Os jovens são os principais afetados neste contexto, somando mais
de 27 mil vítimas naquele ano.
Dom Leonardo afirma que as relações mais
próximas, na atualidade, encontram dificuldade de manterem-se vivas e
que há uma violência generalizada. "Violência que se manifesta na forma
da morte de pessoas, na falta de ética na gestão da coisa pública, na
impunidade. A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores
da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida
simples", explicou.
Ações práticas
Para celebração do Ano da Paz, serão
aproveitados os meses temáticos do Ano Litúrgico, como os meses
vocacional, da Bíblia e da missão. "Vamos refletir durante o ano sobre o
porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e
frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para pensar sobre a
paz e a realidade da violência", lembrou dom Leonardo.
O arcebispo de São Luís (MA) e
vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, afirma que o Ano
da Paz é um convite para reflexão sobre os motivos de tantos
acontecimentos violentos. "Está na hora da sociedade brasileira dar
passos no sentido de buscar uma harmonia maior no relacionamento humano.
Os nossos relacionamentos estão muito degastados", ressalta.
Para dom Leonardo, o Ano Litúrgico
oferece oportunidades para refletir sobre a paz e a realidade da
violência. “Os meses temáticos como agosto, mês das vocações, setembro,
mês da Palavra de Deus, outubro o mês das missões. Mas desejamos ter um
dia para manifestar nas ruas de nossas cidades que acreditamos na paz,
na fraternidade”.
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