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Festival Halleluya de Fortaleza, sacerdotes se revezavam no Espaço da Misericórdia. No total foram 2.808 confissões durante os cinco dias de evento. O padre Lauro contou um pouco sobre sua experiência de confessor no evento. Confira:
Fiquei até esta madrugada ouvindo confissões no Halleluya. Lá pelas tantas, comecei a reclamar com o Senhor porque ao meu confessionário não estavam sendo enviados jovens. Queria ouvi-los e, como ministro de Cristo, ajudá-los a superar suas dificuldades. Então, interiormente, comecei a orar.
O Senhor, que nunca deixa de nos atender quando desejamos verdadeiramente o bem, não se fez de rogado, enviou-me um rapazinho. A princípio, “não dei nada por ele”. Começou a rir quando partilhei meu chocolate consigo, para não cair de sono no frio da madrugada.
Humildemente, começou sua confissão e acusação de pecados de um modo pra lá de edificante. Ele fixava o olhar em um crucifixo que trazia nas mãos, quando percebi que chorava copiosamente. Interiormente, ouvi muito claramente: “contrição perfeita” e, assim, também eu comecei a chorar, também pelos meus pecados. Choravam o confessor e o penitente quase abraçados! Mas eu precisava confirmar a voz interior que me falara. Então, reunindo forças e com dificuldade por causa da voz embargada, consegui fazer a pergunta clássica: “Meu Filho, você chora assim por medo do inferno ou pela dor de ter ofendido a Deus?” Com a voz ainda mais embargada e soluçando de tanto chorar, ele respondeu: “O Senhor entregou sua vida por nós, e o que fazemos para retribuir o seu amor, padre? Como podemos ser assim, tão ingratos e ruins? Minha alma dói por ter ofendido a Deus…”
Passou, então, a relatar fatos de sua infância, quando reconhecia amar a Deus de modo mais puro e profundo. Eu tive vontade de jogar-me aos pés daquele menino e pedir que orasse por mim, para que eu alcançasse aquele grau de contrição, mas tinha que me manter em minha postura de confessor.
Devo dizer que o meu coração voltou, nesta madrugada, muito contente para casa, e agradecido ao Senhor por escutar aqueles que querem servir em sua Igreja, agradecido pelo dom do Halleluya, que é mesmo uma festa que nunca se acaba, a festa dos redimidos, a festa dos contritos, a festa dos sacerdotes que pescam um “peixão” assim. Bendito seja Deus e bendito seja nos Seus santos-contritos. Amém, Halleluya, amém!
Padre Lauro Freire Alves Filho,26 de julho de 2015.
Para continuar experimentando das graças derramadas durante o Festival Halleluya, você pode participar do Halleluya Quero Mais, que acontecerá nos centros de evangelização Shalom espalhados por Fortaleza. Confira qual o mais próximo de sua casa: http://festivalhalleluya.org/fortaleza/halleluya-quero-mais
Você quer ter sua história contada aqui no site do Halleluya? Mande para nós a sua experiência e foto pelo e-mail: redacao2@comshalom.org
Fonte: Festival Halleluya
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