Cidade do Vaticano, 31 mar 2015
(Ecclesia) - O Vaticano revelou hoje que a bula convocatória do Jubileu
da Misericórdia, anunciado pelo Papa no último dia 13, vai ser publicada
a 11 de abril, na Basílica de São Pedro.
A iniciativa vai
decorrer durante um momento de oração presidido por Francisco, a partir
das 17h30 (menos uma hora em Lisboa), na véspera do Domingo da
Misericórdia, uma festa instituída por São João Paulo II e celebrada uma
semana depois da Páscoa.
O rito da publicação prevê a leitura
de passagens da Bíblia diante da Porta Santa da basílica, que vai ser
aberta pela primeira vez desde o ano 2000.
O Jubileu da
Misericórdia vai ter início com a abertura da porta santa da Basílica de
São Pedro, algo que não acontece desde 2000.
Esta porta é
aberta apenas durante o Ano Santo, permanecendo fechada no resto do
tempo, e existem portas santas nas quatro basílicas papais: São Pedro,
São João de Latrão, São Paulo fora de muros e Santa Maria maior.
O rito inicial quer mostrar simbolicamente que aos fiéis é oferecido,
no jubileu, um “percurso extraordinário” para a salvação, precisa um
comunicado divulgado pela Santa Sé.
O Papa decidiu a realização
do 29.º jubileu na história da Igreja Católica, um Ano Santo
extraordinário centrado no tema da Misericórdia, entre 8 de dezembro e
20 de novembro de 2016.
A Igreja Católica iniciou a tradição do
Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII, em 1300, e a partir de 1475
determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos.
Até hoje
houve 26 anos santos ordinários e dois extraordinários (anos santos da
Redenção): em 1933 (Pio IX) e 1983 (João Paulo II).
O jubileu,
com raízes no ano sabático dos hebreus, explica o Vaticano, “consiste
num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de
renovar a relação com Deus e o próximo”.
Esta indulgência implica certas obras penitenciais, como peregrinações e visitas a igrejas.
A bula de convocatória indica as datas de início e encerramento do jubileu e a forma como vai desenrolar-se.
O termo ‘bula’ vem do latim ‘bulla’ (objeto redondo) e indicava
originalmente a cápsula metálica utilizada para proteger o selo de cera
que se unia a um documento de especial importância, para certificar a
sua autenticidade.
Com o passar do tempo, passou a indicar primeiro o selo e depois o próprio documento.
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